16 de fev 2025
Nova geração de veteranos militares ganha destaque na política externa de Trump
Donald Trump nomeou veteranos de menor patente para cargos estratégicos. O vice presidente JD Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth criticam instituições. Hegseth e Vance defendem que Europa assuma responsabilidade por sua segurança. Veteranos expressam desilusão com guerras e falhas do governo em conflitos. Nomeações refletem rejeição a elites tradicionais e busca por lealdade a Trump.
Foto: Reprodução
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No início de seu primeiro mandato, o presidente Donald Trump nomeou vários generais aposentados para cargos de destaque, mas agora, sua equipe de segurança nacional inclui veteranos de patentes mais baixas que serviram nas guerras do Iraque e Afeganistão. Entre eles estão o vice-presidente JD Vance, o secretário de Defesa Pete Hegseth, o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz e a diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard. Essa nova geração de veteranos, frequentemente descrita como desiludida, reflete uma visão crítica das instituições tradicionais, alinhando-se à mensagem de Trump, que é cético em relação ao uso da força militar americana no exterior.
Os novos assessores enfrentam críticas sobre sua qualificação para cargos de alto nível, que historicamente exigem experiência em política externa. No entanto, eles defendem que sua vivência no campo de batalha proporciona uma compreensão única das consequências das decisões políticas em Washington. Recentemente, Hegseth e Vance destacaram-se em reuniões da OTAN e em conferências de segurança, promovendo uma política externa populista que enfatiza a responsabilidade da Europa pela própria segurança e minimiza as ameaças da Rússia e da China.
Veteranos do Global War on Terror (GWOT), como o deputado Jason Crow, reconhecem que esses ex-combatentes podem ser poderosos mensageiros de frustrações sociais mais amplas, refletindo um sentimento de promessas não cumpridas e decepções com o sistema político. Crow observa que muitos veteranos sentem que foram enviados à guerra sob falsos pretextos e que as instituições falharam em fornecer a supervisão necessária. Essa frustração é compartilhada por muitos, que veem as guerras no Oriente Médio como um desperdício.
A escolha de oficiais de patentes mais baixas por Trump é uma rejeição direta das elites tradicionais, como generais de quatro estrelas, e uma estratégia para garantir que esses novos assessores sigam suas diretrizes. Essa abordagem pode resultar em uma postura mais cética em relação ao uso de tropas americanas em conflitos internacionais. Pesquisas indicam que a maioria dos veteranos do GWOT considera as guerras no Iraque e Afeganistão como não justificáveis, refletindo um desejo de evitar intervenções militares desnecessárias e uma crítica ao desperdício de recursos.
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