Política

Imigrantes nos EUA usam WhatsApp para se proteger de ações do ICE durante lockdown

Imigrantes brasileiros nos EUA enfrentam medo crescente de deportação sob Trump. A revogação de diretrizes aumentou insegurança em locais antes protegidos. Comunidades promovem sessões sobre direitos e estratégias de proteção. Crianças evitam escolas, resultando em aumento de faltas de até 50%. Organizações buscam conscientizar sobre direitos e preparar imigrantes.

Agentes federais realizaram algumas das primeiras operações contra imigrantes sem documentos em residências no subúrbio de Chicago. (Foto: Getty Images via BBC)

Agentes federais realizaram algumas das primeiras operações contra imigrantes sem documentos em residências no subúrbio de Chicago. (Foto: Getty Images via BBC)

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Os relatos de imigrantes nos Estados Unidos revelam um clima de medo e insegurança, especialmente entre aqueles em situação irregular. Muitos evitam sair de casa, e as crianças não frequentam a escola, enquanto grupos se organizam para monitorar a presença de agentes da Imigração e Alfândega dos EUA (ICE). Um imigrante brasileiro na Flórida, que preferiu não se identificar, compartilha que a comunicação via WhatsApp tem sido crucial para alertar sobre as ações do ICE. Ele expressa seu temor de ser deportado e deixar seus filhos para trás, destacando que a situação tem gerado um ambiente tenso e complicado.

Desde o início do governo de Donald Trump, cerca de 11 mil imigrantes ilegais, incluindo brasileiros, foram detidos. A Brazilian Worker Center, em Boston, tem recebido um aumento significativo de pedidos de ajuda, incluindo assistência financeira, já que muitos imigrantes não estão indo trabalhar. André Simões, gerente de projetos da organização, observa que a comunidade está se resguardando em casa como forma de proteção e que o uso de aplicativos de mensagens tem sido fundamental para alertas sobre a presença do ICE.

A situação nas escolas também é preocupante. Uma professora brasileira em Massachusetts relata que as crianças expressam medo sobre a possibilidade de serem abordadas pelo ICE. O número de faltas aumentou em 50% desde a posse de Trump, refletindo a ansiedade dos alunos e suas famílias. Além disso, uma socióloga da Massachusetts Immigrants and Refugees Advocacy Coalition (MIRA) destaca que a revogação de diretrizes que protegiam locais como escolas e igrejas intensificou o medo entre os imigrantes, dificultando o acesso a serviços essenciais.

Advogados e organizações comunitárias têm promovido sessões informativas para educar os imigrantes sobre seus direitos e como agir em caso de interação com a imigração. Antonio Massa Viana, advogado de imigração, alerta que, embora a informação seja vital, também pode gerar pânico desnecessário. Ele enfatiza a importância de buscar informações corretas e de entender que existem defesas legais disponíveis para algumas categorias de imigrantes, ajudando a preparar a comunidade para enfrentar essa realidade desafiadora.

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