Alemanha se prepara para eleições; entenda como funciona a escolha do chanceler

Neste domingo, 23 de fevereiro de 2025, a Alemanha realiza eleições para escolher seu próximo chanceler, cargo que equivale ao chefe de governo. Este pleito ocorre em um contexto de crescimento da extrema direita, com a Alternativa para a Alemanha (AfD) se destacando nas pesquisas. A eleição não é direta; os eleitores votam em representantes para o Bundestag, a câmara baixa do Parlamento, e a distribuição de cadeiras determinará o novo chefe de governo.

O sistema eleitoral alemão é projetado para formar governos de coalizão, combinando a regra da maioria com a representação proporcional. O partido que obtiver a maior quantidade de cadeiras tentará formar uma coalizão, e o líder dessa sigla, eleito em seu distrito, geralmente assume como chanceler. Historicamente, a Alemanha teve apenas dois governos minoritários desde 1966, o que reforça a tendência de coalizões.

Atualmente, a CDU e a União Social Cristã (CSU) lideram as intenções de voto com 32%, seguidas pela AfD com 21%. O SPD e os Verdes ocupam o terceiro e quarto lugares, respectivamente, enquanto outros partidos, como a A Esquerda e o Partido Democrático Livre (FDP), correm o risco de não atingir o mínimo de 5% necessário para representação no Parlamento.

O processo para escolher o chanceler envolve a seleção de um candidato principal por cada partido antes da eleição. Após a votação, o presidente da Alemanha apresenta o candidato da coalizão majoritária, que deve obter a maioria absoluta no Bundestag. O sistema de votação inclui duas cédulas: a Erststimme para um candidato direto e a Zweitstimme para um partido, sendo esta última crucial para a definição da força de cada partido no Parlamento.