Elon Musk apoia Vox e prevê vitória nas próximas eleições espanholas

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de 385 bilhões de dólares, manifestou apoio ao partido espanhol Vox em uma postagem na rede social X, antiga Twitter, onde possui 218,6 milhões de seguidores. Musk fez essa declaração ao comentar um vídeo que mostrava o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimentando o líder do Vox, Santiago Abascal, durante uma conferência ultraconservadora em Washington. O magnata, que já foi um dos principais doadores da campanha de Trump, tem se mostrado cada vez mais ativo na política internacional, apoiando também partidos de ultradireita na Europa.

A relação de Musk com a política se intensifica, especialmente com figuras como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o partido Alternativa para a Alemanha (AfD). Sua influência nas redes sociais é significativa, tendo sido criticado por líderes como o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que o acusam de propagar desinformação. Recentemente, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, fez um discurso contra a “tecnocasta”, referindo-se ao apoio de Musk a partidos de extrema direita.

Vox, que tem se aproximado do trumpismo, acredita que está pronto para colher os frutos dessa aliança. Abascal, que participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Washington, está otimista com as pesquisas que indicam um crescimento do partido, que atualmente possui 14,2% das intenções de voto, segundo o Instituto 40dB. Apesar disso, ainda está atrás do Partido Popular (PP) e do Partido Socialista (PSOE), que têm 32,6% e 28,4%, respectivamente.

Para que a previsão de Musk se concretize, seria necessário uma reviravolta significativa na política espanhola. A CPAC contou com a presença de outros líderes de extrema direita, como o presidente argentino Javier Milei e o primeiro-ministro polonês Andrzej Duda. A conferência, que é um importante evento para o trumpismo, também teve a participação de figuras como Nigel Farage e Balázs Orbán, destacando a crescente rede de apoio entre partidos de direita na Europa e nas Américas.