Política

Mauro Vieira defende multilateralismo e inclusão em reunião do Brics em Brasília

O ministro Mauro Vieira defendeu o multilateralismo em meio a crises globais. Lula criticou o protecionismo econômico e enfatizou a desdolarização no Brics. O bloco busca maior influência nas decisões globais e reformas na governança. A presidência brasileira prioriza saúde, clima e comércio justo entre os membros. A cúpula do Brics ocorrerá em julho, com foco em soluções para o Sul Global.

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, abriu a reunião de sherpas do Brics, enfatizando a importância do multilateralismo em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e desigualdades crescentes. Vieira destacou que a resposta à crise do multilateralismo deve ser um fortalecimento das instituições globais, que precisam evoluir para incluir as vozes das nações em desenvolvimento. Ele defendeu uma reforma nas instituições financeiras e no Conselho de Segurança da ONU, afirmando que o Brics representa uma nova visão de governança que prioriza a inclusão e a cooperação.

O Brics, que conta com onze países membros e nove parceiros, deve se posicionar de forma mais relevante nos debates mundiais, segundo Vieira. Ele mencionou o aumento das crises humanitárias e a necessidade de um sistema humanitário que funcione sem pressões políticas. O chanceler também fez alusão ao fenômeno da "desglobalização", criticando políticas protecionistas que ameaçam a equidade no comércio internacional. Vieira ressaltou que o Brics deve advogar por um comércio multilateral justo e equilibrado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou durante o encontro, criticando o protecionismo econômico e defendendo a importância do multilateralismo. Ele enfatizou que negociar com base na força é perigoso e que a defesa do multilateralismo é essencial para evitar a fragmentação global. Lula, junto com a China, tem promovido a desdolarização das transações no bloco, o que gerou tensões com os Estados Unidos.

A presidência brasileira do Brics, que culminará em uma cúpula em julho, se concentrará em áreas como cooperação em saúde, mudança climática e governança da inteligência artificial. Lula destacou a importância de diversificar as opções de pagamento e reduzir a vulnerabilidade econômica, além de garantir que os interesses públicos prevaleçam sobre a ganância corporativa. A reunião de sherpas, que termina nesta quarta-feira, é um passo crucial para preparar a cúpula de líderes do Brics.

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