India investe US$ 200 bilhões para modernizar suas forças armadas e enfrentar China

A Índia, já a maior importadora de armas do mundo, planeja investir cerca de US$ 200 bilhões nos próximos dez anos para modernizar suas forças armadas. Essa decisão é impulsionada por tensões geopolíticas, especialmente com a China, que tem aumentado sua presença militar na região. Segundo Pravin Krishna, professor de economia internacional, as políticas expansionistas da China representam um desafio significativo para a Índia.

Recentemente, o Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para fortalecer os laços de defesa entre os dois países. Modi confirmou a compra de mais equipamentos de defesa dos EUA, incluindo veículos blindados e drones. O ex-embaixador dos EUA na Índia, Kenneth I. Juster, destacou a rapidez com que as ações na área de defesa foram anunciadas, refletindo a importância dessa parceria.

Apesar do interesse em adquirir o avançado caça F-35, a Índia enfrenta desafios devido à sua dependência de sistemas militares russos. Vikram Misri, Secretário de Relações Exteriores da Índia, afirmou que a proposta de venda dos F-35 ainda está em fase inicial. Mesmo assim, as despesas com defesa da Índia devem crescer 8% ao ano até 2026, conforme estimativas do JPMorgan, que ressaltam a necessidade de a Índia se tornar mais autossuficiente em sua produção militar.

Além disso, a Índia está em negociações para acordos comerciais com a União Europeia e o Reino Unido, visando reduzir tarifas e facilitar o comércio. A visita de Ursula von der Leyen, presidente da UE, está agendada para o final de fevereiro, enquanto as discussões sobre o acordo com o Reino Unido estão avançando. No entanto, a entrada da Tesla no mercado indiano enfrenta obstáculos, e a recente valorização das ações da DeepSeek, uma empresa de inteligência artificial chinesa, está impactando negativamente o mercado de ações indiano, que continua a enfrentar desafios econômicos.