Política

Siria enfrenta onda de violência com mais de 500 civis alauítas executados em confrontos

Mais de 500 civis alauítas foram executados em três dias de confrontos na Síria. O presidente interino, Ahmed al Sharaa, pediu rendição aos insurgentes e prometeu ordem. O total de vítimas subiu para 745, incluindo 93 membros das forças de segurança. Tensão sectária aumenta, com alauítas buscando proteção e temendo represálias. O governo interino enfrenta desafios de segurança e desconfiança entre minorias.

"Forças leais ao governo sírio, durante os combates contra a insurreição, em Latakia, nesta sexta-feira. (Foto: KARAM AL-MASRI/REUTERS)"

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O número de civis mortos em confrontos na Síria aumentou drasticamente, com pelo menos 500 vítimas relatadas em três dias de violência entre forças do governo interino e militantes leais ao ex-presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que, entre os mortos, estão mulheres e crianças da minoria alauita, que representa cerca de 9% da população do país. As autoridades afirmam ter restabelecido a ordem no noroeste, onde os combates resultaram na morte de 93 membros das forças de segurança e 120 combatentes pró-Assad.

Os confrontos começaram após um ataque de simpatizantes de Assad em Jableh, levando a operações de busca em Latakia, um bastião alauita. O presidente interino, Ahmed al-Sharaa, pediu aos insurgentes que se rendessem, enquanto o diretor de segurança local pediu aos civis que não se deixassem levar por incitações. O OSDH divulgou vídeos mostrando corpos empilhados e mulheres em desespero, evidenciando a gravidade da situação.

A Cruz Vermelha solicitou acesso seguro para equipes médicas na região, enquanto potências ocidentais, como a França, condenaram as atrocidades cometidas contra civis. Testemunhos nas redes sociais revelam o desespero de alauítas, como o caso de Samir Haidar, que perdeu familiares para grupos armados e conseguiu escapar por pouco. As tensões aumentam entre as diversas comunidades do país, com os alauítas, historicamente ligados ao regime de Assad, enfrentando um futuro incerto sob o novo governo.

Analistas apontam que a nova administração, liderada por figuras com passado jihadista, enfrenta desafios significativos para garantir a inclusão de todas as minorias. A fragilidade do governo atual é evidente, com muitos jihadistas radicais no comando, que veem os alauítas como inimigos. A situação continua a evoluir, com a necessidade urgente de restaurar a estabilidade e proteger os civis em meio a um cenário de crescente violência sectária.

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