Ucrânia aceita proposta de Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com Rússia

Os Estados Unidos anunciaram que restaurarão imediatamente a ajuda militar e de inteligência a Ucrânia, caso o governo de Kiev aceite negociar um alto o fogo de 30 dias com a Rússia. A proposta foi discutida em uma reunião de mais de oito horas entre delegações de alto nível de ambos os países, realizada em Yeda, na Arábia Saudita. A aceitação do acordo depende da aprovação de Moscou, e, se aceito, poderá ser estendido.

O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que "a bola está agora do lado russo" e que os EUA apresentarão as conclusões da reunião a Moscou. Ele expressou esperança de que a Rússia aceite a tregua, ressaltando que "não há solução militar para esta guerra". O presidente Donald Trump também manifestou disposição para convidar o presidente ucraniano Volodímir Zelenski para a Casa Branca novamente, destacando a importância do alto o fogo.

Zelenski reconheceu que a disposição dos EUA em retomar a ajuda militar foi um "elemento importante" na decisão de aceitar a proposta de cessar-fogo. Ele também enfatizou a necessidade de Washington convencer a Rússia a aceitar o acordo. Enquanto isso, a resposta inicial de Moscou foi menos otimista, com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajárova, indicando que contatos com os EUA poderiam ocorrer, mas sem garantias.

Além do alto o fogo, o comunicado conjunto entre os dois países menciona a intenção de finalizar um acordo sobre a exploração conjunta de minerais na Ucrânia. Este acordo, que visa desenvolver recursos minerais críticos, foi adiado após um encontro tenso entre Trump e Zelenski em fevereiro. A reunião também abordou questões humanitárias, como a troca de prisioneiros e o retorno de crianças ucranianas sequestradas, como parte das medidas de confiança para o processo de paz.