Política

Aiatolá Khamenei classifica ameaças de Trump como ‘imprudentes’ e reafirma posição do Irã sobre armas nucleares

O aiatolá Ali Khamenei reafirmou que o Irã não busca armas nucleares, desafiando ameaças dos EUA. Donald Trump expressou interesse em um novo acordo nuclear, mas sob pressão militar. Uma reunião trilateral entre China, Rússia e Irã sobre o programa nuclear ocorrerá na sexta feira. O enriquecimento de urânio pelo Irã chegou a 60%, próximo ao nível de armamento. Relações entre Irã e Rússia se fortaleceram, especialmente após a guerra na Ucrânia.

Aiatolá Ali Khamenei participa de evento com estudantes em Teerã (Foto: IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE / AFP)

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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o país não busca desenvolver armas nucleares e considerou as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, como "imprudentes". Khamenei afirmou que, se quisessem armas nucleares, os EUA não poderiam impedi-los, ressaltando que a decisão de não buscá-las é uma escolha própria. A declaração ocorreu após o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, confirmar a recepção de uma carta de Trump, que mencionava a possibilidade de ação militar caso o Irã não aceitasse negociar.

Trump, em um vídeo, reiterou sua expectativa de que o Irã se sentasse à mesa de negociações, alertando que uma resposta militar seria "terrível" para o país. Durante seu primeiro mandato, os EUA se retiraram do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que impunha restrições ao programa nuclear iraniano em troca de alívio de sanções. Desde então, o Irã ampliou sua produção de urânio, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informando que o país enriquece urânio a 60%, próximo ao nível necessário para armamento.

Em resposta às tensões, a China anunciou uma reunião em Pequim com representantes da Rússia e do Irã para discutir a questão nuclear. O vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, presidirá o encontro, que abordará não apenas o programa nuclear, mas também outras questões de interesse mútuo. A reunião ocorre após um encontro do Conselho de Segurança da ONU, que discutirá o aumento dos estoques de urânio do Irã.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, enfatizou que o Irã não negociará sob ameaças, reiterando que as ordens e ameaças dos EUA são inaceitáveis. Trump, por sua vez, expressou interesse em um novo acordo nuclear, mas as autoridades iranianas condicionam qualquer retorno ao cumprimento das promessas feitas pelos EUA. A escalada das tensões entre os dois países tem gerado preocupações sobre a possibilidade de um conflito militar, especialmente após o assassinato do general Qasem Suleimani em 2020.

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