13 de mar 2025
Putin apoia cessar-fogo na Ucrânia, mas exige discussões com os EUA sobre termos
Vladimir Putin concordou com cessar fogo, condicionado a paz duradoura na Ucrânia. Ucrânia aceitou pausa de 30 dias; EUA reativaram assistência militar imediata. Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano desde a invasão de 2022. Propostas russas incluem retirada da Otan e descongelamento de ativos financeiros. Kremlin demanda novas eleições na Ucrânia para legitimar acordos de paz.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (Foto: Getty Images)
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira, 13, que aceitou as propostas dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Ucrânia, condicionando a trégua a uma “paz duradoura” que aborde as causas do conflito. Kiev concordou com a proposta americana de suspender os combates por 30 dias, e Washington afirmou que agora a decisão está com os russos. Durante uma coletiva no Kremlin, Putin destacou que a cessação das hostilidades deve resultar em uma paz de longo prazo.
As Forças Armadas da Rússia controlam atualmente quase 20% do território ucraniano. O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, chegou a Moscou para negociações, enquanto o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, discutiu os detalhes do cessar-fogo com o Kremlin. O ex-embaixador Yuri Ushakov expressou preocupações de que a trégua poderia beneficiar apenas as forças ucranianas, permitindo-lhes reabastecer e se reorganizar.
Putin reafirmou que os objetivos da Rússia permanecem inalterados desde o início da invasão em fevereiro de 2022, incluindo a proibição da adesão da Ucrânia à OTAN e a proteção da cultura russa. Além disso, qualquer acordo de paz deve incluir o descongelamento de ativos russos e o fim das sanções ocidentais. A demanda por uma retirada das forças da OTAN próximas às fronteiras russas também foi reiterada.
Analistas sugerem que a aceitação da trégua pela Rússia poderia estar ligada à suspensão do fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia. Alexei Naumov, especialista em política externa, indicou que a Rússia aceitaria o cessar-fogo se isso possibilitasse novas eleições na Ucrânia, uma vez que a lei marcial fosse suspensa.
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