13 de mar 2025
Putin apoia cessar-fogo na Ucrânia, mas exige negociações com os EUA antes da implementação
A Ucrânia apoia cessar fogo de 30 dias, com apoio dos EUA, após três anos de conflito. Vladimir Putin concorda, mas questiona a eficácia e a necessidade de negociações. EUA retomarão compartilhamento de inteligência e acordos de exploração mineral com a Ucrânia. União Europeia aprova plano de €800 bilhões para investimentos em defesa. Críticas surgem sobre a falta de inclusão da Europa nas discussões de paz.
Vladimir Putin em conversa com a imprensa na segunda-feira (Foto: Mikhail Metzel/AFP)
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Dois dias após a Ucrânia apoiar uma proposta de cessar-fogo de 30 dias no conflito em seu território, o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio à ideia, mas levantou questões sobre sua eficácia. Em encontro com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Putin destacou a necessidade de discussões antes da implementação, afirmando que a proposta deve levar a uma "paz duradoura" e abordar as causas da crise. Ele expressou ceticismo sobre quem controlaria o cessar-fogo ao longo da extensa fronteira de 2000 quilômetros entre os países.
Putin também mencionou que um cessar-fogo poderia permitir à Ucrânia rearmar-se, o que, segundo ele, seria problemático, já que as tropas russas estão avançando em várias frentes. Ele questionou a viabilidade de um acordo, indagando sobre a responsabilidade em caso de violações. A Rússia ainda não definiu uma data para responder ao acordo proposto pelos Estados Unidos e pela Ucrânia, afirmando que está analisando as declarações feitas.
Durante uma reunião na Arábia Saudita, a Ucrânia e os Estados Unidos concordaram em acelerar um acordo para a exploração de recursos minerais ucranianos, embora um incidente entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky tenha impedido a assinatura do documento. Os EUA também anunciaram a retomada do compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia e quase US$ 1 bilhão em assistência de segurança.
O plano de cessar-fogo será apresentado aos chanceleres do G7, que inclui países como França e Reino Unido, os quais criticaram Trump por discutir a paz na Ucrânia sem a participação europeia. Em meio a essas discussões, a União Europeia aprovou um plano de €800 bilhões (cerca de R$ 5 trilhões) para investimentos em defesa, refletindo preocupações sobre o futuro da OTAN e a segurança do continente.
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