Cenário de cessar-fogo na Ucrânia permanece incerto apesar do otimismo de Trump

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Vladimir Putin de tentar "sabotear" os esforços diplomáticos para um cessar-fogo imediato. Em uma postagem nas redes sociais, ele pediu aos Estados Unidos que aumentassem a pressão sobre o presidente russo, afirmando que apenas a "força da América" poderia pôr fim à guerra. Zelensky destacou que Putin está impondo condições "extremamente difíceis e inaceitáveis" desde o início das negociações.

Durante uma coletiva de imprensa, Putin afirmou que aceita a ideia de um cessar-fogo, mas levantou várias questões sobre os detalhes, incluindo a situação na região de Kursk, onde as forças russas estão recuperando território. Ele acusou as tropas ucranianas de "crimes hediondos contra civis", algo que Kyiv nega, e questionou se as forças ucranianas usariam o cessar-fogo para se reabastecer e se reestruturar, sem considerar que suas próprias tropas poderiam fazer o mesmo.

Zelensky respondeu diretamente às preocupações levantadas por Putin, especialmente sobre a verificação do cessar-fogo. Ele afirmou que a Ucrânia tem capacidade para monitorar a situação, mas que seria necessária a ajuda de aeronaves e satélites americanos e europeus. O presidente ucraniano acredita que as objeções de Putin podem ser tratadas, mas as questões de princípio, como a expansão da OTAN e a soberania da Ucrânia, são mais complicadas.

Agora, a responsabilidade recai sobre os Estados Unidos. O presidente Trump pode optar por aumentar a pressão sobre a Rússia, impondo mais sanções ou oferecendo mais apoio militar à Ucrânia. Alternativamente, ele poderia fazer concessões a Moscou para facilitar um acordo, o que preocupa alguns em Kyiv. Zelensky está chamando a atenção para as táticas de atraso da Rússia e pedindo ao Ocidente que intensifique a pressão sobre Putin, enquanto as perspectivas de um cessar-fogo permanecem incertas.