09 de abr 2025
Ressurgimento do Estado Islâmico na Síria eleva riscos de instabilidade regional
O ressurgimento do Estado Islâmico na Síria gera preocupações sobre a instabilidade regional e a segurança global. Aumento de ataques e recrutamento indicam um cenário alarmante.
Forças especiais americanas em 2017 durante combates com o Estado Islâmico na cidade de Mosul. Tropas ajudaram na luta a pedido do governo iraquiano (Foto: Ivor Prickett / New York Times)
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O Estado Islâmico (EI) está demonstrando um ressurgimento significativo na Síria, com um aumento no número de ataques e recrutamento de novos combatentes, conforme relatado por autoridades dos Estados Unidos e pela Organização das Nações Unidas (ONU). A instabilidade do governo de Bashar al-Assad, que se intensificou após a queda do regime em dezembro, e a dispersão das forças curdas aumentam o risco de fuga de prisioneiros e reagrupamento do grupo extremista.
Atualmente, entre nove mil e dez mil combatentes do EI estão detidos no nordeste da Síria, além de cerca de quarenta mil familiares. Especialistas alertam que a libertação desses prisioneiros poderia não apenas aumentar a força do EI, mas também servir como uma vitória propagandística, facilitando o recrutamento. Em março, a avaliação de inteligência dos EUA indicou que o EI tentaria explorar a fragilidade do governo Assad para restaurar sua capacidade de planejar ataques.
Os Estados Unidos aumentaram o número de tropas na Síria para cerca de dois mil soldados e realizaram ataques a redutos do EI, mas a situação permanece volátil. O novo governo sírio, liderado pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), tem colaborado com informações dos EUA para frustrar planos de ataque do EI, mas a violência sectária e a falta de controle sobre algumas forças governamentais levantam dúvidas sobre sua eficácia no combate ao extremismo.
Além de não controlar grandes áreas, o EI continua a disseminar sua ideologia por meio de células clandestinas e ataques em países vizinhos. Em 2024, o grupo reivindicou duzentos e noventa e quatro ataques na Síria, mais que o dobro do ano anterior. As preocupações com a possibilidade de uma fuga em massa de detentos aumentam, especialmente com a dispersão das Forças Democráticas Sírias, que enfrentam ataques de milícias turcas. A situação no nordeste da Síria permanece crítica, com a possibilidade de um vácuo de poder que poderia fortalecer ainda mais o EI.
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