União Europeia avalia aumentar importações de gás dos EUA para reduzir dependência da Rússia

A União Europeia (UE) está avaliando a possibilidade de aumentar suas importações de gás natural dos Estados Unidos para mitigar a pressão do presidente Donald Trump e facilitar negociações sobre tarifas comerciais. O Comissário europeu de energia, Dan Jorgensen, afirmou que essa estratégia deve estar alinhada com os planos de transição energética da UE, que visa um aumento significativo na capacidade de geração de energia sustentável até 2025.

Trump sugeriu que a UE deveria adquirir cerca de US$ 350 bilhões em energia dos EUA para reduzir seu déficit comercial. Ele também rejeitou uma proposta da UE para eliminar tarifas sobre bens industriais e automóveis entre as partes. Atualmente, os Estados Unidos já são o maior fornecedor de gás natural para a UE, representando 45% das importações em 2024.

Jorgensen defendeu que um aumento nas importações de gás dos EUA ajudaria a diminuir a dependência da UE em relação aos combustíveis fósseis da Rússia e contribuiria para a redução dos custos de energia no continente. Essa mudança é vista como uma resposta às pressões comerciais e uma oportunidade para fortalecer a segurança energética da Europa.

A proposta de aumentar as importações de gás natural dos EUA reflete a necessidade da UE de diversificar suas fontes de energia e reduzir a vulnerabilidade em relação a fornecedores tradicionais, especialmente em um contexto de tensões geopolíticas. A transição energética da UE é um passo crucial para alcançar um futuro mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.