11 de abr 2025
Diplomatas aprovam taxa de carbono para navios; EUA ameaçam retaliar contra acordo
Diplomatas da Organização Marítima Internacional (OMI) aprovaram uma taxa de $ 100 por tonelada de CO₂ emitida por navios a partir de 2028. A medida, que ainda precisa ser ratificada em outubro, busca reduzir as emissões do setor marítimo, responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Apesar do apoio de 63 países, incluindo Brasil e China, a proposta enfrentou resistência de grandes exportadores de energia, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e a ausência dos Estados Unidos na votação. Ambientalistas consideram o plano tímido, mas reconhecem que representa um avanço no multilateralismo e pode impulsionar o uso de combustíveis alternativos. As metas de descarbonização incluem uma redução de 17% nas emissões até 2028 e 21% até 2030, com penalidades para embarcações que não cumprirem os limites estabelecidos. Os recursos arrecadados serão destinados a subsidiar tecnologias de baixo carbono e apoiar países em desenvolvimento na transição energética. A nova taxa de carbono no transporte marítimo pode impactar preços e acelerar a busca por alternativas sustentáveis.
Reunião da Assembleia Geral da ONU (Foto: Angela Weiss/AFP)
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Diplomatas aprovaram um plano da Organização Marítima Internacional (OMI) que estabelece uma taxa mínima de US$ 100 por tonelada de CO₂ emitida por navios a partir de 2028. A decisão ocorreu em meio a tensões comerciais e ambientais, com a oposição de grandes exportadores de energia, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Os Estados Unidos não participaram da votação e ameaçaram retaliar contra a nova política.
O acordo, que ainda precisa ser ratificado em outubro, foi aprovado por sessenta e três países, enquanto dezesseis votaram contra e vinte e quatro se abstiveram. A proposta visa pressionar armadores a adotarem combustíveis mais limpos, com metas de redução de emissões de 17% até 2028 e 21% até 2030, em comparação aos níveis de 2008. Embarcações que não cumprirem as metas poderão pagar até US$ 380 por tonelada.
Os recursos arrecadados com a taxa serão utilizados para subsidiar tecnologias de baixo carbono e apoiar países em desenvolvimento na transição energética. Apesar de ser considerada um avanço, a proposta foi criticada por ambientalistas, que a consideraram insuficiente para atingir as metas de neutralidade de carbono até 2050.
O setor marítimo, responsável por cerca de 80% do comércio internacional e 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, atualmente depende quase totalmente de combustíveis fósseis. A nova medida representa um passo importante, mas especialistas alertam que pode favorecer combustíveis menos sustentáveis, como o gás natural liquefeito.
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