17 de abr 2025
EUA alertam cidadãos sobre nova lei de cibersegurança invasiva em Zambia
Em meio a um clima de tensão, a nova lei de cibersegurança na Zâmbia gera preocupações sobre vigilância e liberdade de expressão.
O governo buscou tranquilizar zambianos e estrangeiros (Foto: AFP)
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Embaixada dos EUA alerta cidadãos sobre lei de cibersegurança na Zâmbia
A embaixada dos Estados Unidos na Zâmbia emitiu um alerta a seus cidadãos sobre uma nova lei de cibersegurança considerada “intrusiva”. A legislação permite a vigilância de todas as comunicações eletrônicas no país, incluindo chamadas, e-mails, mensagens de texto e conteúdo transmitido.
O governo zambiano defende que a lei é necessária para combater fraudes online, pornografia infantil e desinformação. A medida concede poder à polícia para entrar em qualquer local, sem mandado, para apreender computadores e sistemas que contenham evidências de crimes.
A embaixada americana expressou preocupação com a amplitude da definição de “informação crítica”, que pode abranger quase qualquer atividade. O alerta recomenda que americanos na Zâmbia ou que planejam visitar o país avaliem as implicações da lei.
O Ministério das Relações Exteriores da Zâmbia afirmou que a lei não tem a intenção de invadir a privacidade de ninguém, seja zambiano ou estrangeiro. Segundo o governo, qualquer interceptação ou solicitação de dados exige um mandado judicial.
A nova legislação exige que empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) interceptem proativamente todas as comunicações eletrônicas. Foi sancionada pelo presidente Hakainde Hichilema em 8 de abril, com pouca divulgação.
A lei prevê multas ou prisão de 5 a 15 anos, dependendo do crime cometido. A oposição acusa o presidente Hichilema de mudar de postura, já que se opôs a uma lei semelhante em 2021, quando ainda era opositor.
A ativista de direitos civis Laura Miti acusou a embaixada dos EUA de “hipocrisia”, lembrando que os EUA também realizaram vigilância secreta de seus cidadãos no passado. Apesar disso, ela também condenou a nova lei, classificando-a como “tirânica”.
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