18 de abr 2025
Guiana reafirma disputa territorial com a Venezuela em meio a apelos da China por negociações
Guiana reafirma que disputa com a Venezuela está na Corte Internacional de Justiça e critica silêncio da China sobre eleições na região.
Irfaan Ali, presidente da Guiana, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, em reunião para discutir a questão do Essequibo em 2023 (Foto: Divulgação / Ministério de Comunicação da Venezuela)
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Guiana contesta apelo chinês por negociação na disputa com Venezuela
O governo da Guiana reafirmou, em comunicado divulgado na quinta-feira, que a disputa territorial com a Venezuela sobre a região de Essequibo está sob análise da Corte Internacional de Justiça (CIJ). A manifestação ocorre após o encarregado de negócios chinês no país, Huang Rui, sugerir negociações como forma de solucionar o conflito.
Huang Rui afirmou que a China espera que Guiana e Venezuela resolvam a disputa por meio de diálogo, ressaltando, no entanto, que Pequim não interfere em assuntos internos de outros países. A declaração gerou reação imediata das autoridades guianesas.
A região de Essequibo, com 160 mil quilômetros quadrados, é alvo de disputa há séculos, intensificada após a descoberta de vastos depósitos de petróleo na área, há dez anos. O Ministério das Relações Exteriores da Guiana enfatizou que o caso está pendente na CIJ.
Posição da Guiana é clara, segundo o secretário de Relações Exteriores, Robert Persaud. Ele criticou a China por não se posicionar sobre as eleições regionais e parlamentares planejadas pela Venezuela para a região de Essequibo, em 25 de maio.
A Venezuela planeja eleger autoridades para a região de Essequibo pela primeira vez, nomeando o almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha, como candidato. Georgetown, que atualmente administra o território, baseia sua reivindicação em uma decisão de 1899.
A Venezuela rejeita a jurisdição da decisão de 1899 e defende um acordo de 1966 com o Reino Unido, assinado antes da independência da Guiana, como base para uma solução negociada. O governo guianês questiona a postura da China, cobrando um posicionamento sobre a eleição venezuelana na região.
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