27 de abr 2025
Carta de Napoleão que finge desaprovar prisão do Papa Pio VII é leiloada por R$ 170 mil
Uma carta de Napoleão Bonaparte, datada de 1809, que simula desaprovação pela prisão do Papa Pio VII, foi leiloada por 26.360 euros. O documento revela a estratégia do imperador em distanciar se da responsabilidade pela detenção do Papa, um evento marcante em seu reinado. A carta, endereçada ao arqui reitor Jean Jacques Régis Cambacérès, expressa que a prisão ocorreu sem suas ordens e contra sua vontade, embora tenha sido ele quem ordenou a ação. Especialistas destacam que Napoleão buscava afirmar sua autoridade sobre a Igreja Católica, um movimento que se intensificou após a recusa do Papa em aderir à política de bloqueio continental. O leilão, realizado em Fontainebleau, reflete o contínuo interesse por itens relacionados ao legado napoleônico, mais de dois séculos após sua morte.
Foto:Reprodução
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Uma carta de Napoleão Bonaparte, datada de 23 de julho de 1809, que simula a desaprovação da prisão do Papa Pio VII, foi leiloada por 26.360 euros (R$ 170,5 mil) em Fontainebleau. O leilão foi organizado pela casa Osenat, que destacou a importância do documento na estratégia política de Napoleão.
O especialista Jean-Christophe Chataignier explicou que a carta, que foi estimada entre 12 mil e 15 mil euros, revela uma manobra política. Napoleão tenta distanciar-se da responsabilidade pela prisão do Papa, afirmando que a ação foi realizada "sem suas ordens e contra sua vontade". O documento foi endereçado ao arqui-reitor Jean-Jacques-Régis Cambacérès e tinha como objetivo ser amplamente distribuído.
A prisão do Papa foi um evento marcante durante o reinado de Napoleão, especialmente após a recusa de Pio VII em aderir à política de bloqueio continental. O imperador tomou medidas drásticas, como a ocupação de parte dos Estados Pontifícios e a expulsão de cardeais estrangeiros. O Papa foi preso no Vaticano e posteriormente transferido para prisão domiciliar em Savona e depois em Fontainebleau.
Napoleão buscava afirmar seu domínio sobre a Igreja Católica, uma estratégia que começou com sua coroação em Notre-Dame. O leilão de itens relacionados a Napoleão continua a atrair interesse, mais de dois séculos após sua morte em 1821.
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