02 de mai 2025
EUA intensificam presença militar na Argentina com base naval em Ushuaia
EUA intensificam presença na Argentina com base naval em Ushuaia, em resposta ao avanço chinês na região. Investimento estimado em $360 milhões.
Pessoal do Comando Sul dos Estados Unidos visita Ushuaia, Argentina, em 30 de abril de 2025. (Foto: RR.SS @Southcom)
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O almirante Alvin Holsey, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, iniciou uma visita de três dias à Argentina, com paradas em Buenos Aires e Ushuaia. O encontro com o presidente argentino, Javier Milei, ocorreu na capital, onde discutiram a construção de uma base naval integrada.
Em Ushuaia, Milei planeja estabelecer um grande polo logístico antártico, com um investimento estimado em 360 milhões de dólares. A base naval terá instalações próprias e contará com a participação do setor privado em suas operações de manutenção e reparo, conforme informações de fontes militares.
A visita de Holsey reflete o interesse estratégico dos EUA em reduzir a influência da China na América Latina. O ex-presidente argentino, Alberto Fernández, havia buscado financiamento chinês para projetos semelhantes, mas sem sucesso. Com a nova administração de Milei, os EUA aproveitaram a oportunidade para estreitar laços.
Projetos Estratégicos
O projeto da base em Ushuaia é considerado um centro logístico crucial, sendo o porto mais próximo da Antártida, a 620 milhas do continente gelado. O governo argentino destaca que essa infraestrutura tornará o país uma porta de entrada para a região antártica, superando distâncias de outras bases na América do Sul.
A visita de Holsey também visa supervisionar o papel das forças argentinas na proteção de rotas marítimas essenciais para o comércio global. A presença militar dos EUA na região é vista como uma estratégia para contrabalançar a influência chinesa, que tem crescido nos últimos anos.
Reações Locais
A recepção da visita de Holsey não é unânime. O governador de Ushuaia, Gustavo Melella, criticou a instalação de bases militares, alegando que isso poderia beneficiar interesses britânicos no Atlântico Sul. A insatisfação também é notável entre setores do peronismo, que se opõem à nova orientação do governo Milei em relação aos Estados Unidos.
A aproximação entre Argentina e EUA marca uma mudança significativa na política externa do país, rompendo com o equilíbrio estabelecido por administrações anteriores. O futuro da relação entre os dois países e a influência da China na região continuam a ser temas de debate.
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