Política

Maurizio Gelli representa legado polêmico em funeral do papa Francisco no Vaticano

Maurizio Gelli, filho de Licio Gelli, surpreende ao comparecer ao funeral do Papa Francisco, em meio à crise entre Nicarágua e Vaticano.

Monica Robelo, o cardeal Gli Ambasciatori e Maurizio Gelli durante o funeral do papa Francisco (Foto: Divulgação/Governo Nicarágua)

Monica Robelo, o cardeal Gli Ambasciatori e Maurizio Gelli durante o funeral do papa Francisco (Foto: Divulgação/Governo Nicarágua)

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O funeral do Papa Francisco, realizado no último sábado no Vaticano, reuniu líderes globais e representantes de diversas ideologias. Entre as delegações, destacou-se a presença de Maurizio Gelli, embaixador da Nicarágua na Espanha e filho de Licio Gelli, figura central da loja maçônica secreta Propaganda Due (P2). Sua presença gerou surpresa, especialmente considerando a tensa relação entre a Nicarágua e a Santa Sé, que se agravou após a expulsão do núncio apostólico em março de 2023.

Desde os protestos de 2018, o governo de Daniel Ortega tem intensificado a repressão contra a Igreja Católica, incluindo a proibição de procissões e o fechamento de rádios católicas. A situação se deteriorou a ponto de a Companhia de Jesus ser expulsa do país, levando a Igreja a classificar o regime como uma "ditadura vulgar". Atualmente, a Nicarágua não possui um embaixador acreditado junto ao Vaticano.

Conexões Históricas

A presença de Maurizio Gelli no funeral é carregada de simbolismo. Antonella Beccaria, jornalista e especialista na P2, destaca que o sobrenome Gelli remete a um legado de corrupção e repressão. Ao lado de Maurizio estava Monica Robelo, embaixadora da Nicarágua na Itália, que também possui laços com figuras controversas do passado. Em 2007, Ortega tentou nomear o pai de Monica como embaixador junto ao Vaticano, mas a proposta foi rejeitada.

Licio Gelli, falecido em 2015, foi um dos principais responsáveis pela P2, que operou como uma rede de poder clandestina na Itália e na América Latina. A P2 foi envolvida em diversos escândalos políticos, e suas ramificações ainda são discutidas. Apesar de Maurizio não ter vínculos diretos com a P2, sua trajetória diplomática é influenciada pelo legado de seu pai.

Implicações Atuais

A presença de Maurizio Gelli no funeral do Papa Francisco, em um momento de luto para a Igreja, levanta questões sobre o uso do poder e os legados que persistem. A relação entre a Nicarágua e a Santa Sé continua tensa, refletindo a complexidade da política internacional e as repercussões de eventos passados.

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