Política

Polônia intensifica treinamento militar para civis diante de ameaças russas

Civis poloneses buscam treinamento militar em meio a temores de ataques russos, enquanto o governo planeja expandir suas forças armadas.

Poloneses comuns têm se inscrito em dias de treinamento militar, antecipando um ataque militar. (Foto: BBC)

Poloneses comuns têm se inscrito em dias de treinamento militar, antecipando um ataque militar. (Foto: BBC)

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Civis poloneses estão se inscrevendo em treinamentos militares em resposta à crescente ameaça da Rússia. O programa, chamado "Treine com o Exército", ocorre em Wroclaw e ensina habilidades como combate corpo a corpo e primeiros socorros. O coordenador do projeto, capitão Adam Sielicki, afirmou que a iniciativa está com alta demanda e que o governo planeja expandi-la para incluir todos os homens adultos do país.

A Polônia, que faz fronteira com Rússia e Ucrânia, destinará quase 5% do PIB para defesa em 2023, o maior percentual entre os países da OTAN. O primeiro-ministro Donald Tusk anunciou a intenção de construir "o exército mais forte da região". O país tem investido na compra de aviões, navios e sistemas de artilharia de aliados como Estados Unidos, Suécia e Coreia do Sul.

Dariusz, um dos participantes do treinamento, declarou que se ofereceria como voluntário em caso de ataque. Agata, outra civil, expressou preocupação com a possibilidade de a OTAN não intervir, especialmente após a eleição de Donald Trump. As declarações do ex-presidente dos EUA geraram inquietação em Varsóvia, onde oficiais temem que a presença militar americana na Europa não seja garantida a longo prazo.

A Polônia está em vias de assinar acordos de defesa com França e Reino Unido, buscando diversificar suas alianças militares. O representante permanente da Polônia na OTAN, Tomasz Szatkowski, afirmou que o país precisa desenvolver suas próprias capacidades de defesa, considerando a agressividade russa.

A memória histórica da ocupação russa ainda é forte entre os poloneses. Wanda Traczyk-Stawska, uma sobrevivente da Insurreição de Varsóvia, enfatizou a importância de estar bem armado. A demanda por abrigos contra ataques, incluindo nucleares, aumentou significativamente, refletindo o clima de insegurança.

Embora muitos poloneses estejam se preparando, uma pesquisa revelou que apenas 10,7% dos adultos se ofereceria para servir no exército em caso de guerra. A incerteza sobre o futuro e a proximidade da guerra geram divisões entre os jovens, com muitos expressando a intenção de fugir em vez de lutar.

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