04 de mai 2025
Violência sectária em Sanobar resulta em massacre de civis alauítas na Síria
Civis alauítas são alvos de massacres na Síria, com quase 900 mortos em Sanobar, enquanto a violência sectária se intensifica.
Forças de segurança geral foram destacadas na cidade de Latakia. (Foto: BBC)
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Um homem identificado como Abu Khalid confessou ter participado de execuções de civis alauítas na vila de Sanobar, na Síria, em março. Ele afirmou que sua ação foi supervisionada por forças de segurança do governo. O ataque resultou em quase 900 mortes de civis, principalmente da minoria alauíta.
Abu Khalid relatou que, ao chegar à vila em 7 de março, foi instruído a não atacar civis, mas a combater insurgentes. No entanto, ele filmou a execução de um morador local, Mahmoud Yusef Mohammed, de 64 anos. O vídeo contradiz sua versão, mostrando-o rindo antes de disparar contra a vítima. As forças militares negaram qualquer coordenação com Abu Khalid.
A violência em Sanobar ocorreu após ataques de insurgentes leais ao ex-presidente Bashar al-Assad. Grupos armados, incluindo milícias, foram acusados de massacrar civis alauítas em represália. A Rede Síria de Direitos Humanos documentou que pelo menos 889 civis foram mortos em uma onda de violência sectária.
Os sobreviventes relataram que armados de várias regiões invadiram suas casas, sequestrando e executando homens alauítas. Uma testemunha descreveu como sua família foi ameaçada e seus parentes foram mortos apenas por serem alauítas. A situação em Sanobar se tornou um símbolo das tensões sectárias que persistem na Síria.
As autoridades locais afirmaram que estão investigando os crimes e que cerca de 30 pessoas foram presas. O futuro da vila e a proteção das minorias na Síria dependem da capacidade do novo governo de controlar suas forças armadas e garantir a segurança dos civis.
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