Política

Filipinas buscam energia renovável da China apesar de tensões territoriais e de segurança

Filipinas enfrentam dilemas de segurança ao aumentar a dependência de tecnologia verde chinesa, mesmo com tensões territoriais.

Decisão de Trump favoreceu o esforço de Pequim para dominar o Sudeste Asiático, tanto em tecnologia verde quanto como superpotência regional (Foto: Evan Vucci/AP)

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As Filipinas estão intensificando sua busca por energia renovável, apesar das tensões com a China. O país, que enfrenta disputas territoriais no Mar do Sul da China, recorre à tecnologia verde chinesa, que é significativamente mais barata do que as alternativas dos Estados Unidos e da Europa. A entrega recente de turbinas eólicas chinesas representa um avanço importante para o setor energético filipino.

Gerry P. Magbanua, presidente da Alternergy, destacou que as propostas chinesas foram muito mais atrativas em termos de custo. A crescente dependência da tecnologia verde da China levanta preocupações sobre a segurança nacional, especialmente com a State Grid Corporation of China detendo uma participação de 40% na rede elétrica nacional. A administração do presidente Ferdinand Marcos Jr. está ciente de que essa dependência pode se tornar uma vulnerabilidade.

A China, líder na fabricação de tecnologia verde, investiu quase US$ 40 bilhões em energia e infraestrutura na região no último ano, com US$ 11,8 bilhões destinados especificamente à energia limpa. A visita do líder chinês Xi Jinping ao Sudeste Asiático, onde prometeu desenvolvimento verde, reforça a posição da China como fornecedor preferencial de energia renovável para países em desenvolvimento.

As tensões geopolíticas, no entanto, complicam a situação. O legislador filipino Joey Salceda pediu investigações sobre a influência da China na infraestrutura energética do país, ressaltando que a segurança nacional é uma preocupação crescente. Apesar disso, muitos políticos reconhecem que a China continua sendo uma fonte essencial para a instalação de painéis solares e turbinas eólicas, com o senador Win Gatchalian afirmando que "não temos escolha a não ser comprar nossos painéis solares da China".

A USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) havia trabalhado para criar um ambiente competitivo para a energia renovável nas Filipinas, mas a retirada do apoio americano pode favorecer ainda mais a China. A entrega das turbinas eólicas da empresa chinesa Envision marca um passo significativo na expansão da presença chinesa no mercado filipino, evidenciando a interdependência crescente entre as Filipinas e a China no setor de energia.

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