Conflito entre Índia e Paquistão intensifica tensões com uso de drones e mísseis

A relação entre Índia e Paquistão enfrenta mais um capítulo tenso após um confronto militar de quatro dias, que envolveu ataques aéreos e o uso de drones. O conflito, que ocorreu na região da Caxemira, elevou o nível de alerta militar e gerou pressão internacional para evitar uma escalada nuclear.

Durante os combates, drones armados foram utilizados em grande escala pela primeira vez, atacando alvos em ambos os lados da Linha de Controle. A situação se intensificou após um ataque terrorista em 22 de abril, que resultou na morte de 26 civis na Caxemira indiana. A Índia acusou o Paquistão de apoiar os atacantes, enquanto o Paquistão negou qualquer envolvimento.

Escalada Militar

O historiador militar Srinath Raghavan destacou que a escalada recente é alimentada por uma nova geração de tecnologia militar. A Índia, sob o governo do primeiro-ministro Narendra Modi, busca uma abordagem mais assertiva em relação ao Paquistão, visando garantir que este não se sinta à vontade para retaliar. A pressão política interna para uma resposta militar foi imediata após o ataque terrorista.

Ambos os países, com nacionalismos religiosos entrincheirados, não mostram sinais de reconciliação. As relações diplomáticas já estavam deterioradas antes do conflito, e a Índia não parece disposta a recuar em sua posição sobre o tratado de rios, crucial para o Paquistão.

Intervenção Internacional

A pressão diplomática internacional, especialmente dos Estados Unidos e aliados do Golfo, foi fundamental para evitar uma escalada maior. Antes do cessar-fogo, autoridades indianas já indicavam que qualquer novo ataque terrorista seria respondido com força equivalente. O general Ved Prakash Malik, ex-chefe do Exército Indiano, questionou quais vantagens políticas foram obtidas após o conflito.

O cenário atual entre Índia e Paquistão continua volátil, com a possibilidade de novos confrontos sempre presente. A escalada militar recente não sugere melhorias nas capacidades operacionais ou estratégicas de ambos os lados, deixando a região em um estado de tensão constante.