Tensão entre Índia e Paquistão provoca cancelamentos e redirecionamentos de voos comerciais

A tensão entre Índia e Paquistão aumentou após uma série de ataques militares, com a Índia afirmando ter atingido alvos no Paquistão e este alegando ter abatido caças indianos. Em meio a esse cenário, um cessar-fogo foi declarado no dia 10 de maio, e o espaço aéreo paquistanês foi reaberto, embora a aviação comercial ainda enfrente redirecionamentos e cancelamentos de voos.

Desde o início do conflito, em maio, a Índia atacou nove locais de "infraestrutura terrorista" no Paquistão, enquanto o Paquistão alegou ter abatido cinco caças indianos. O impacto na aviação comercial foi significativo, com várias companhias aéreas redirecionando ou cancelando voos. Imagens do site FlightRadar24 mostraram pouco movimento sobre o espaço aéreo paquistanês, mesmo após a reabertura.

As companhias aéreas indianas operam cerca de quatro mil voos diretos por semana, e as rotas que cruzam o Paquistão representam 20% dos voos internacionais. O fechamento do espaço aéreo paquistanês afetou principalmente voos que ligam cidades do norte da Índia, como Amritsar e Lucknow, à capital, Nova Déli. Em média, a duração dos voos aumentou em 47 minutos devido aos desvios necessários.

Impacto nas Companhias Aéreas

A principal companhia aérea da Índia, IndiGo, cancelou voos diretos para Tashkent e Almaty por pelo menos dez dias. A empresa afirmou que as opções de redirecionamento eram limitadas. Já a Pakistan International Airlines opera apenas algumas rotas que são afetadas pela proibição imposta pela Índia.

Além disso, companhias aéreas europeias, como Air France e Lufthansa, também começaram a redirecionar voos pelo espaço aéreo paquistanês, citando as tensões recentes. A Air France suspendeu os sobrevoos do Paquistão até novo aviso, enquanto a Lufthansa confirmou que está evitando essa área.

O fechamento do espaço aéreo não apenas impacta os voos, mas também pode resultar em uma queda significativa nas receitas do Paquistão com taxas de sobrevoo, que podem chegar a centenas de dólares por voo. A situação continua a evoluir, com as companhias aéreas buscando alternativas para minimizar os impactos.