13 de mai 2025
Lula busca investimentos chineses para a Ferrovia Bioceânica em visita a Pequim
Brasil e China discutem a Ferrovia Bioceânica, mas decisão sobre investimentos pode demorar. Expectativa é por resposta em 30 dias.
Projeto visa estabelecer uma ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico (Foto: Ministério da Infraestrutura/Divulgação)
Ouvir a notícia:
Lula busca investimentos chineses para a Ferrovia Bioceânica em visita a Pequim
Ouvir a notícia
Lula busca investimentos chineses para a Ferrovia Bioceânica em visita a Pequim - Lula busca investimentos chineses para a Ferrovia Bioceânica em visita a Pequim
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode retornar ao Brasil sem garantir investimentos chineses para a construção da Ferrovia Bioceânica. A delegação brasileira indicou que a meta de atrair capital chinês pode ser adiada, solicitando que estatais da China respondam em até 30 dias sobre o projeto.
A ferrovia, que ligaria o Atlântico ao Pacífico, é crucial para o plano de integração sul-americana, facilitando o escoamento de produtos brasileiros para a China e outros mercados asiáticos. A obra é considerada um dos trechos mais complexos, devido à travessia da cordilheira dos Andes.
Ministros brasileiros, como Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento), lideraram delegações em Pequim, mas os chineses ainda não demonstraram interesse em participar do projeto. A desconfiança geopolítica pode estar influenciando essa hesitação. O corredor é parte do Novo PAC, e o Brasil busca alinhamento com a Nova Rota da Seda da China.
Simone Tebet enfatizou a necessidade de investimentos chineses, afirmando que o Brasil não possui recursos orçamentários suficientes para o projeto. Ela destacou a importância de interligar regiões como a Bahia e o centro-oeste, onde se concentra a produção agrícola.
A construção da ferrovia é vista como uma oportunidade para reduzir em até dez dias o tempo de transporte de produtos brasileiros até a China. O projeto inclui conexões com a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), que ainda está em construção. A expectativa é que a nova rota logística beneficie o agronegócio e a mineração.
O governo brasileiro planeja realizar fóruns para apresentar projetos de infraestrutura, visando atrair o interesse das empresas chinesas. A decisão sobre os investimentos pode levar tempo, conforme alertou um diplomata chinês.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.