16 de mai 2025
Fluxo de migrantes no Darién gera crise ambiental e social no Panamá
Desastre ambiental no Darién: Panamá denuncia 2.500 toneladas de lixo deixadas por migrantes e aguarda ajuda dos EUA que não chegou.
Migrantes em Lajas Blancas, na província de Darién, no Panamá (Foto: Martin Bernetti/AFP)
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O fluxo de migrantes pelo estreito de Darién, entre Colômbia e Panamá, tem causado graves crises sociais e ambientais. O governo panamenho informou que 2.500 toneladas de lixo foram deixadas por migrantes na região, afetando o ecossistema local. O ministro do Meio Ambiente, Juan Carlos Navarro, afirmou que a situação se agravou durante a presidência de Joe Biden, que prometeu ajuda financeira para a limpeza, mas não cumpriu.
Navarro declarou à revista Newsweek que a migração em massa resultou em um "desastre social, humano e ambiental". Ele destacou que florestas e rios foram poluídos, com resíduos plásticos, matéria fecal e até restos humanos encontrados na área. Comunidades indígenas do Darién alertam sobre a destruição de seus modos de vida e do ecossistema. Testes de água em 2024 revelaram níveis perigosos de coliformes fecais no rio Turquesa, essencial para essas comunidades.
O governo do Panamá estima que 2.500 toneladas de lixo incluem recipientes de gasolina e montanhas de plástico. Navarro criticou a falta de apoio dos Estados Unidos, afirmando que "era tudo mentira" e que o país nunca recebeu os US$ 3 milhões prometidos para a limpeza. Em 2023, mais de 500 mil pessoas atravessaram a selva de Darién, conhecida como "selva da morte", em busca de melhores condições de vida.
Desde a presidência de Donald Trump, o fluxo migratório foi severamente reduzido, mas voltou a aumentar sob Biden. Migrantes enfrentam dias de travessia na floresta e acampam em condições precárias em Lajas Blancas, onde aguardam transporte para seguir viagem. A situação continua a exigir atenção urgente das autoridades e da comunidade internacional.
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