17 de mai 2025

Polônia defende maior cooperação europeia para fortalecer a segurança do continente
Polônia intensifica gastos militares e busca autonomia em defesa diante de incertezas sobre presença americana na Europa. A invasão da Ucrânia reforça urgência.
Foto:Reprodução
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A Polônia, após o colapso da União Soviética, se tornou um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos na Europa. Desde a adesão à Otan em 1999, o país recebeu apoio militar americano, especialmente diante das crescentes ameaças da Rússia. Contudo, a administração Trump trouxe incertezas, sugerindo uma possível redução da presença militar dos EUA na Europa.
Diante desse cenário, a Polônia intensificou seus gastos militares, que já são os mais altos entre as principais nações europeias, e lançou um programa de treinamento civil para defesa, inspirado no modelo suíço. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou que a Europa deve se preparar para uma nova realidade geopolítica, defendendo a necessidade de um arsenal nuclear próprio para garantir a segurança do continente.
A inquietação polonesa é exacerbada pela postura de Trump, que ameaçou diminuir o compromisso americano com a segurança europeia. Recentemente, o exército dos EUA anunciou o reposicionamento de tropas na Polônia, o que gerou preocupações sobre a mensagem que isso poderia enviar a Moscou. Analistas afirmam que a retirada de tropas americanas poderia ser interpretada como um sinal de fraqueza, aumentando a vulnerabilidade da Polônia.
Além disso, a Polônia busca formar uma coalizão na União Europeia para aumentar os investimentos em defesa, com Tusk propondo um aumento significativo nos gastos militares. O país já destina 4,5% do seu PIB para a defesa e planeja atingir 5%, alinhando-se às exigências de Trump. A invasão da Ucrânia reforçou a urgência de que a Europa invista em sua própria segurança, evitando uma nova agressão russa.
Com as eleições presidenciais se aproximando, a questão da segurança se tornou um tema unificador entre os poloneses, independentemente de suas divisões políticas. A percepção de que os EUA podem não estar dispostos a intervir em caso de conflito tem gerado um aumento na demanda por uma defesa mais robusta e autônoma.
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