17 de mai 2025

Ucrânia enfrenta desolação e desespero após três anos de conflito com a Rússia
Makiv, na Ucrânia, ilustra a devastação da guerra, com a população encolhendo e a esperança se esvaindo em meio ao caos.
Foto:Reprodução
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O jornalista brasileiro Yan Boechat relata a transformação da cidade de Makiv, na Ucrânia, que se tornou um símbolo da desolação e perda de esperança em meio à guerra. Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a cidade, que antes era típica do oeste ucraniano, agora reflete a crise demográfica e emocional que o país enfrenta.
Makiv, embora aparentemente poupada dos ataques diretos, apresenta um cenário desolador. As ruas largas e as casas de madeira permanecem intactas, mas a ausência de homens adultos é notável. Muitos estão nas trincheiras ou já faleceram, enquanto os mais jovens fugiram em busca de segurança. Restaram apenas crianças, idosos e mulheres, que tentam manter a vida cotidiana em meio ao caos.
A cidade se tornou uma espécie de Sármata moderna, onde o heroísmo se manifesta na resistência e na luta pela sobrevivência. Ao longo de três anos de conflito, a Ucrânia tem enfrentado uma crise demográfica sem precedentes, perdendo 43% de sua população desde 1991. Essa perda é visível nas escolas vazias e nas maternidades em ruínas, refletindo um país que encolhe geograficamente e emocionalmente.
Boechat destaca que a crença na autonomia da Ucrânia está se dissipando. A guerra, que começou em 2014 com a anexação da Crimeia, deixou marcas profundas na sociedade. A juventude, que antes sonhava com um futuro próspero, agora se vê diante de um cenário incerto e desolador. A cidade de Makiv, com seu silêncio e solidão, simboliza a luta de uma nação que busca se reerguer em meio à devastação.
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