18 de mai 2025
Brasil busca sinergia com China, mas evita adesão formal à Nova Rota da Seda
Brasil não formaliza adesão à Nova Rota da Seda, mas anuncia R$ 27 bilhões em investimentos chineses durante visita de Lula à China.
Por meio da nova rota da seda, Pequim tenta expandir os seus laços comerciais no mundo (Foto: GETTY IMAGES)
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O Brasil não formalizará sua adesão à Nova Rota da Seda, iniciativa da China lançada em 2013 para expandir sua influência global. Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o país buscará sinergia nas estratégias de investimento, sem se integrar formalmente ao projeto.
A Nova Rota da Seda, também conhecida como “Cinturão e Rota”, já conta com a participação de mais de 100 países e movimentou mais de um trilhão de dólares em investimentos. Rui Costa destacou que o Brasil não entrará na estratégia chinesa, enfatizando que o governo busca integrar as abordagens de ambos os países. “A China tem sua definição autônoma e o Brasil a sua definição”, disse o ministro.
Além da decisão de não aderir formalmente, o governo brasileiro considera a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 como um fator de barganha nas negociações com a China. Essa posição de ambiguidade pode proporcionar ao Brasil negociações mais vantajosas, já que tanto os Estados Unidos quanto a China desejam que o Brasil não se alinhe totalmente a um dos lados.
Investimentos Chineses no Brasil
Durante a visita, foi anunciado um investimento de R$ 27 bilhões por empresas chinesas em diversos setores no Brasil. Os investimentos abrangem áreas como delivery, com a plataforma Meituan; carros elétricos, com a montadora GAC; energia limpa, com a estatal CGN; e mineração, com o grupo Baiyin Nonferrous.
O governo brasileiro também adiantará informações sobre projetos de infraestrutura que serão leiloados, permitindo que empresas chinesas participem com maior volume de investimentos. Rui Costa afirmou que essa possibilidade não é exclusiva para os chineses, e empresários de outros países também poderão solicitar acesso antecipado.
A comitiva brasileira, composta por 11 ministros, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e cerca de 200 empresários, teve como objetivo fortalecer as relações comerciais com a China, que é o principal parceiro comercial do Brasil. O governo avalia que há espaço para ampliar as exportações brasileiras para o país asiático, especialmente em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China.
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