Política

Brasil busca sinergia com China, mas evita adesão formal à Nova Rota da Seda

Brasil não formaliza adesão à Nova Rota da Seda, mas anuncia R$ 27 bilhões em investimentos chineses durante visita de Lula à China.

Por meio da nova rota da seda, Pequim tenta expandir os seus laços comerciais no mundo (Foto: GETTY IMAGES)

Por meio da nova rota da seda, Pequim tenta expandir os seus laços comerciais no mundo (Foto: GETTY IMAGES)

Ouvir a notícia

Brasil busca sinergia com China, mas evita adesão formal à Nova Rota da Seda - Brasil busca sinergia com China, mas evita adesão formal à Nova Rota da Seda

0:000:00

O Brasil não formalizará sua adesão à Nova Rota da Seda, iniciativa da China lançada em 2013 para expandir sua influência global. Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o país buscará sinergia nas estratégias de investimento, sem se integrar formalmente ao projeto.

A Nova Rota da Seda, também conhecida como “Cinturão e Rota”, já conta com a participação de mais de 100 países e movimentou mais de um trilhão de dólares em investimentos. Rui Costa destacou que o Brasil não entrará na estratégia chinesa, enfatizando que o governo busca integrar as abordagens de ambos os países. “A China tem sua definição autônoma e o Brasil a sua definição”, disse o ministro.

Além da decisão de não aderir formalmente, o governo brasileiro considera a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 como um fator de barganha nas negociações com a China. Essa posição de ambiguidade pode proporcionar ao Brasil negociações mais vantajosas, já que tanto os Estados Unidos quanto a China desejam que o Brasil não se alinhe totalmente a um dos lados.

Investimentos Chineses no Brasil

Durante a visita, foi anunciado um investimento de R$ 27 bilhões por empresas chinesas em diversos setores no Brasil. Os investimentos abrangem áreas como delivery, com a plataforma Meituan; carros elétricos, com a montadora GAC; energia limpa, com a estatal CGN; e mineração, com o grupo Baiyin Nonferrous.

O governo brasileiro também adiantará informações sobre projetos de infraestrutura que serão leiloados, permitindo que empresas chinesas participem com maior volume de investimentos. Rui Costa afirmou que essa possibilidade não é exclusiva para os chineses, e empresários de outros países também poderão solicitar acesso antecipado.

A comitiva brasileira, composta por 11 ministros, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e cerca de 200 empresários, teve como objetivo fortalecer as relações comerciais com a China, que é o principal parceiro comercial do Brasil. O governo avalia que há espaço para ampliar as exportações brasileiras para o país asiático, especialmente em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela