19 de mai 2025
Dilma Rousseff e IBGE podem ter violado leis chinesas com novo mapa-múndi
Controvérsia surge após IBGE apresentar mapa múndi com Brasil centralizado, desmembrando a China e representando Taiwan de forma questionável.
Dilma ao lado de Pochmann em evento na China (Foto: Marcio Pochmann/Reprodução)
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A ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, apresentaram uma nova versão do mapa-múndi com o Brasil no centro durante um evento oficial na China. A projeção, que inverte Norte e Sul, gerou polêmica ao representar Taiwan de forma que pode infringir leis chinesas.
O mapa foi exibido ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e apresenta a China "desmembrada" entre dois hemisférios, destacando a separação entre a parte continental e Taiwan. O advogado e geógrafo Luiz Ugeda, fundador do portal Geocracia, afirma que a legislação da China proíbe representações que distorçam seu território ou infrinjam sua soberania. Ele ressalta que, enquanto Pequim busca unir a região, o IBGE a separa em um evento no país.
Além disso, as cores da legenda do mapa indicam Taiwan como parte dos Brics, o que não corresponde à realidade, já que o Brasil não possui embaixada em Taiwan, apenas um escritório de negócios. Ugeda compara a situação a disputas territoriais de outros países, que têm leis rigorosas sobre representações cartográficas. Ele critica a falta de assessoria diplomática ao IBGE, que, segundo ele, favoreceu uma visão ideológica em detrimento da precisão técnica.
O mapa também foi alvo de críticas internas. O sindicato de servidores do IBGE, ASSIBGE/SN, publicou uma nota de repúdio afirmando que a iniciativa "distorce" a realidade e compromete a credibilidade do instituto. A coordenação do sindicato destacou que o mapa não cumpre convenções cartográficas internacionais e representa um "gesto sem respaldo técnico".
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