Pedro Inzunza Noriega é acusado de narcoterrorismo e abre nova fase na luta contra drogas

Os Estados Unidos intensificaram suas ações contra o tráfico de drogas, especialmente o fentanilo, designando cárteles mexicanos como organizações terroristas. Nesta semana, Pedro Inzunza Noriega e seu filho foram acusados de narcoterrorismo, marcando um novo capítulo nas relações entre EUA e México.

A acusação, feita pelo promotor Adam Gordon, destaca que Inzunza Noriega, conhecido como Sagitário, e seu filho, Pedro Inzunza Coronel, estão ligados à organização Beltrán Leyva, uma facção do Cartel de Sinaloa. Eles são apontados como responsáveis por uma das maiores redes de produção de fentanilo do mundo. Gordon, que lidera uma nova unidade de Narcoterrorismo, afirmou que ambos trabalham para produzir e traficar fentanilo de forma agressiva.

Além disso, dezessete familiares de Ovidio Guzmán, um dos filhos de Joaquín "El Chapo" Guzmán, se entregaram às autoridades americanas. Essa entrega ocorre em um contexto em que o governo dos EUA busca fortalecer suas estratégias legais contra o narcotráfico. A acusação de narcoterrorismo pode resultar em penas de até 20 anos de prisão e multas de até 20 milhões de dólares.

O governo de Donald Trump já havia classificado seis cárteles mexicanos como organizações terroristas, incluindo o de Sinaloa. A nova abordagem visa não apenas a prisão dos envolvidos, mas também o congelamento de ativos e a imposição de restrições financeiras. As medidas têm como objetivo desmantelar as operações financeiras dessas organizações.

As autoridades americanas acreditam que os Inzunza trafiquem "dezenas de milhares de quilos" de fentanilo, que é enviado para os EUA em formas variadas, incluindo pastilhas coloridas. Recentemente, o governo dos EUA congelou os bens de Inzunza Noriega e de seu associado, Oscar Manuel Gastélum Iribe, como parte de uma operação mais ampla contra o tráfico de drogas.

A entrega dos familiares de Ovidio Guzmán levanta questões sobre possíveis negociações entre os EUA e o narcotraficante. O secretário de Segurança do México, Omar García Harfuch, confirmou a entrega, mas ressaltou que nenhum dos envolvidos era procurado pelas autoridades mexicanas.