Política

Cresce a indignação em Israel com a condução da guerra em curso

Críticas à guerra em Gaza crescem em Israel, com 61% da população pedindo o fim do conflito e resgate de reféns. Protestos ganham força.

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A guerra entre Israel e Hamas se intensifica, com um número crescente de vozes críticas dentro de Israel se manifestando contra a condução do conflito. Yair Golan, político de esquerda e ex-comandante das Forças de Defesa de Israel, afirmou que o país caminha para se tornar um "estado pária", comparando a situação atual à da África do Sul durante o apartheid. Ele criticou a guerra contra civis e a política de despopulação em Gaza.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu respondeu às declarações de Golan, chamando-as de "libelo de sangue". No entanto, Moshe Ya'alon, ex-ministro da Defesa, foi ainda mais contundente, afirmando que a atual política do governo visa apenas a manutenção do poder e está levando Israel à destruição. A situação em Gaza se deteriorou, com Israel lançando uma nova ofensiva militar, enquanto a ajuda humanitária ainda é escassa.

Pesquisas recentes indicam que 61% dos israelenses desejam o fim da guerra e o retorno dos reféns, enquanto apenas 25% apoiam a expansão do conflito. Apesar de Netanyahu prometer uma "vitória total", muitos israelenses expressam desespero e trauma, sentindo que não há possibilidade de mudança. Gershon Baskin, ex-negociador de reféns, destacou que a maioria das famílias dos sequestrados acredita que a guerra deve acabar.

Protestos e Movimentos

No último domingo, cerca de 500 manifestantes em Sderot, muitos com camisetas pedindo o fim dos horrores em Gaza, tentaram marchar até a fronteira. O grupo Standing Together, que inclui ativistas árabes e israelenses, liderou a ação. O líder do grupo, Alon-Lee Green, foi preso durante a manifestação, mas afirmou que há um crescente despertar na opinião pública israelense.

Ativistas como Uri Weltmann ressaltam que a continuidade da guerra não apenas prejudica a população civil palestina, mas também coloca em risco a vida dos reféns e dos soldados israelenses. Em abril, milhares de reservistas assinaram cartas pedindo ao governo que parasse os combates e se concentrasse em um acordo para a liberação dos reféns.

Reações Internacionais

Enquanto isso, a comunidade internacional reage. O Reino Unido anunciou novas sanções contra grupos extremistas em Israel e suspendeu negociações sobre um acordo comercial. O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, classificou a escalada militar em Gaza como "moralmente injustificável". A União Europeia também está revisando seu acordo de associação com Israel, com a maioria dos membros apoiando essa revisão.

A atmosfera em Israel está mudando, com um número crescente de cidadãos questionando a eficácia e a moralidade da guerra. A pressão interna e externa pode influenciar o futuro do conflito e a busca por uma solução pacífica.

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