TVE emite mensagem de apoio à Palestina antes da final do Eurovisão e gera polêmica

A participação de Israel no Festival de Eurovisão gerou polêmica, especialmente após a exibição de um vídeo de apoio à Palestina pela RTVE, emissora pública espanhola. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, criticou a presença de Israel no evento, sugerindo sua exclusão, e comparou a situação com a proibição da Rússia após a invasão da Ucrânia.

A RTVE exibiu um comunicado antes da final do Eurovisão, afirmando: “Frente aos direitos humanos, o silêncio não é uma opção. Paz e Justiça para Palestina.” Essa ação desafiou a União Europeia de Radiodifusão (UER), que advertiu a emissora sobre possíveis sanções. A repercussão foi intensa, com apoio e críticas nas redes sociais.

Além disso, surgiram alegações de manipulação no televoto, com Israel recebendo apoio significativo de comunidades pro-Israel na Europa. O ex-diretor da UER, Ignasi Guardans, afirmou que houve uma “ativação política” para impulsionar os votos a favor de Israel, levantando questões sobre a integridade do sistema de votação.

A apresentadora Inés Hernand defendeu a decisão da RTVE, destacando a importância de dar voz a questões humanitárias. Ela criticou a hipocrisia de apoiar causas como a da Ucrânia, enquanto se ignora a situação da Palestina. A ONU alertou sobre a grave crise humanitária em Gaza, com milhares de vidas em risco.

O debate sobre a participação de Israel no Eurovisão reflete tensões políticas mais amplas na Europa. Enquanto a RTVE busca transparência no processo de votação, a UER reafirma a confiabilidade de seu sistema. A situação continua a gerar discussões sobre a relação entre cultura e política em eventos internacionais.