21 de mai 2025
Vídeo de renúncia de Maduro é falso e gerado por inteligência artificial
Vídeo falso de Nicolás Maduro anunciando renúncia circula nas redes sociais; análise aponta uso de inteligência artificial na criação.
Maduro não renunciará à presidência; vídeo foi alterado por IA (Foto: Arte/UOL sobre Reprodução/Threads)
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Publicações nas redes sociais estão disseminando um vídeo falso em que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, supostamente anuncia sua renúncia em favor do opositor Edmundo González. O conteúdo, gerado por inteligência artificial, não tem qualquer respaldo na realidade. Não existem indícios de que Maduro tenha a intenção de deixar o cargo.
No vídeo, Maduro afirma: "Decidi entregar o poder a Edmundo González neste 29 de maio", alegando que sua decisão visa a paz dos venezuelanos. Um narrador complementa que as declarações foram feitas em cadeia nacional, destacando que o gesto de Maduro representaria uma nova etapa para o país. A publicação inclui uma imagem de González e da líder da oposição, Maria Corina Machado, em um aparente momento de celebração.
A análise do conteúdo pelo Hive Moderation indicou 99,6% de probabilidade de que o áudio tenha sido manipulado digitalmente. O vídeo original foi transmitido em abril de 2024, antes da eleição presidencial marcada por suspeitas de fraude. Na ocasião, Maduro tentava se comunicar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em um discurso que gerou risadas entre os presentes devido a erros de pronúncia.
Não há registros de que Maduro tenha manifestado qualquer intenção de renunciar. Uma pesquisa na internet não revelou informações sobre tal possibilidade, o que reforça a ideia de que o vídeo é uma farsa. Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, enfrenta uma ordem de prisão desde setembro de 2024. Recentemente, ele foi hospitalizado, mas já recebeu alta.
A reeleição de Maduro em julho de 2024 foi marcada por protestos violentos e alegações de irregularidades eleitorais, com a oposição contestando a legitimidade do pleito. A falta de transparência nas eleições levou a uma onda de manifestações, resultando em mortes e prisões em massa.
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