24 de mai 2025
Aliados da Otan buscam atender demanda de Trump por gastos de defesa de 5% do PIB
Líderes da Otan concordam em aumentar gastos de defesa para 5% do PIB, mas Grécia questiona viabilidade do plano.
Sede da Otan, em Bruxelas. (Foto: VALERIA MONGELLI/AFP)
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Os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram em um novo plano que estabelece gastos de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa e 1,5% em segurança relacionada até 2032. A decisão surge após pressões dos Estados Unidos, que sob a liderança de Donald Trump, exigiram que os aliados aumentassem seus gastos para 5% do PIB.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, destacou a necessidade de garantir que todos os facilitadores de defesa estejam em vigor. Ele mencionou que o plano inclui investimentos em infraestrutura, como linhas ferroviárias e pontes, além de segurança cibernética e tecnologia militar. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, e o homólogo francês, Jean-Noël Barrot, expressaram apoio à proposta, embora Barrot tenha sugerido que 3% a 3,5% seria uma meta mais realista.
A nova abordagem reflete a urgência de aumentar os gastos em defesa, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, que evidenciou as deficiências logísticas da Europa. Muitos países da Otan ainda não cumprem o compromisso de gastar 2% do PIB em defesa, e a cúpula agendada para 24 e 25 de junho em Haia deve discutir essas metas.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, expressou ceticismo sobre a viabilidade do objetivo de 5%, afirmando que 3,5% é o teto aceitável para gastos em defesa. Ele ressaltou que a contabilidade dos gastos pode influenciar a possibilidade de atingir a meta mais alta. A Grécia já investiu cerca de 3,1% do PIB em defesa no último ano, superando o limite de 2% por conta de tensões com a Turquia.
Os Estados Unidos, que gastam aproximadamente 3,4% do PIB em defesa, continuam a pressionar os aliados a aumentarem seus investimentos. A proposta de Rutte, que combina gastos tradicionais e novos, busca atender às exigências de Trump e reforçar a segurança europeia.
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