23 de mai 2025



Irã descarta possibilidade de acordo nuclear enquanto negociações com EUA recomeçam
Iranianos e americanos iniciam nova rodada de negociações nucleares em Roma, mas desconfiança e novas sanções dificultam um acordo.
Foto:Reprodução
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Iranianos e americanos iniciam nesta sexta-feira, 23, em Roma, a quinta rodada de negociações nucleares. As conversas ocorrem em um clima de desconfiança, com o Irã avaliando a postura dos EUA e considerando endurecer sua posição diante das novas sanções.
Fontes iranianas indicam que as expectativas de um acordo são baixas. Os EUA insistem na interrupção total do enriquecimento de urânio, uma exigência que Teerã considera inaceitável e que poderia levar ao colapso das negociações. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que a participação do país nas conversas é para avaliar as intenções de Washington, não para buscar um avanço.
Araghchi destacou que "zero armas nucleares = temos um acordo", enquanto "zero enriquecimento = não temos um acordo". O governo iraniano mantém que seu programa nuclear é pacífico e está disposto a aceitar monitoramento internacional, mas não abrirá mão do direito de enriquecer urânio.
Pressão Americana
Os EUA, por sua vez, têm endurecido sua posição. O enviado americano, Steve Witkoff, afirmou que não aceitarão "nem sequer um por cento" de capacidade de enriquecimento. Essa mudança de postura gerou ceticismo em Teerã, que questiona a sinceridade de Washington nas negociações.
Além disso, o governo dos EUA impôs novas sanções, identificando o setor de construção iraniano como controlado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que essas medidas visam impedir o Irã de adquirir materiais estratégicos para seus programas nucleares e militares.
As tensões aumentam à medida que o Irã enriquece urânio a níveis superiores aos permitidos pelo acordo de 2015, o que gera preocupações na comunidade internacional. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o país acumula cerca de 200 quilos de urânio enriquecido a até 60%, quantidade suficiente para potencialmente produzir armas nucleares.
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