Ataque a ônibus escolar no Paquistão deixa mortos e intensifica tensões com a Índia

Um ataque a um ônibus escolar em Khuzdar, na província de Balochistan, resultou na morte de seis crianças e deixou dezenas feridas. O incidente ocorreu por volta das 07h40 do dia 25 de maio. O governo paquistanês atribui a responsabilidade à Índia, embora não tenha apresentado evidências concretas.

O ataque aconteceu enquanto o ônibus transportava cerca de quarenta alunos. Nasir Mehmood, um sargento do exército paquistanês, relatou que seu filho foi arremessado dentro do veículo durante a explosão. Ele descreveu o caos no hospital, onde gritos de crianças feridas eram predominantes. O número de mortos subiu para oito, incluindo as seis crianças, e muitos outros estão em estado crítico.

Acusações e Tensão

O governo paquistanês alega que a Índia está por trás do ataque, citando um histórico de ações de proxies indianos em Balochistan. Em resposta, a Índia nega qualquer envolvimento e aponta que o Paquistão abriga militantes que atacam a Caxemira indiana. A tensão entre os dois países aumentou após um recente conflito que resultou em trocas de ataques aéreos e de artilharia.

O porta-voz militar, Lt Gen Chaudhry, afirmou que o ataque ao ônibus escolar não está relacionado à identidade Baloch, mas sim a uma provocação indiana. O governo paquistanês está buscando apoio internacional para abordar a situação, enquanto a possibilidade de um diálogo entre os dois países permanece incerta.

Impacto e Reações

Imagens do ataque mostram a cena devastadora, com sapatos de crianças e mochilas espalhadas. O ministro da Informação, Attaullah Tarar, defendeu que o Paquistão é a vítima e que há evidências de envolvimento indiano, embora não tenha detalhado essas provas. O governo paquistanês também rejeitou a necessidade de uma investigação independente sobre o ataque.

Balochistan tem um histórico de violência ligado a um movimento separatista e a ataques de grupos militantes. O ataque ao ônibus escolar intensifica as preocupações sobre a segurança na região e a fragilidade da trégua entre Índia e Paquistão.