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Trump adota táticas de bullying na diplomacia e intensifica tensões globais

Trump adota "bullying diplomático" em encontros com líderes, gerando constrangimentos e riscos à imagem dos EUA no cenário global.

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Os episódios de constrangimento protagonizados por Donald Trump em encontros com líderes mundiais têm gerado polêmica desde o início de seu segundo mandato. Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM, analisa que essa postura reflete uma estratégia de "bullying diplomático", visando demonstrar força e expor a fragilidade de líderes estrangeiros.

Holzhacker destaca que o Salão Oval se tornou um ambiente "hostil" para alguns convidados. Os encontros com líderes ucraniano, canadense e sul-africano são exemplos de como Trump escolhe seus "alvos", optando por aqueles que considera mais vulneráveis. A professora observa que, enquanto líderes como Emmanuel Macron e Keir Starmer foram tratados de forma menos vexatória, outros, como Volodymyr Zelensky, enfrentaram situações mais constrangedoras.

A cientista política aponta três estratégias centrais por trás do comportamento de Trump. A primeira é demonstrar força à sua base nacionalista, reforçando sua imagem como um líder forte. Em segundo lugar, ele busca expor a fragilidade de líderes estrangeiros, interferindo em debates políticos internos. Por fim, a imposição pública de pressão sobre outros líderes visa forçar concessões em negociações.

Holzhacker alerta que essa abordagem pode prejudicar a imagem dos EUA no cenário global. Ao tratar aliados como oponentes, Trump aumenta a desconfiança entre parceiros comerciais, levando-os a buscar alternativas. A recente interação com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, exemplifica essa tendência, com a África do Sul podendo fortalecer laços com a China em resposta às tensões.

A professora conclui que a postura de Trump é sem precedentes na diplomacia moderna, rompendo com a lógica de negociações discretas e respeitosas. Tensões diplomáticas sempre existiram, mas a forma como Trump as aborda, com humilhações públicas, é inédita nas relações internacionais.

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