Ucrânia denuncia Rússia por intensificar ataques com drones em grande escala

A Ucrânia denunciou um ataque aéreo russo sem precedentes, com 355 drones e 9 mísseis lançados na madrugada de domingo para segunda-feira. Este ataque, considerado o maior da guerra que já dura mais de três anos, ocorreu em meio a uma significativa troca de prisioneiros entre os dois países.

O bombardeio, que utilizou drones Shahed de fabricação iraniana, resultou em feridos, mas não há relatos de mortes até o momento. O chefe do departamento de comunicações da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, confirmou que a quantidade de drones empregados superou qualquer ataque anterior. O Ministério da Defesa ucraniano também informou que, no dia anterior, a Rússia havia realizado outro ataque massivo, utilizando 367 projéteis, incluindo 69 mísseis.

Reação Internacional

O Kremlin justificou os ataques como uma resposta a ações ucranianas contra civis russos. Além disso, a Rússia alegou ter derrubado 220 drones ucranianos nas últimas 24 horas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua indignação, afirmando que Putin "ficou louco" e criticou os bombardeios indiscriminados que afetam civis.

Os ataques, descritos por autoridades ucranianas como um fim de semana de "terror", coincidiram com a conclusão de uma troca de prisioneiros de guerra em que 1.000 prisioneiros foram trocados entre os países. Esta foi a maior troca desde o início do conflito, com 303 soldados russos sendo trocados por um número equivalente de militares ucranianos.

Perspectivas de Negociação

Apesar da escalada no conflito, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou está preparando um documento com "as condições de um acordo duradouro" para resolver a guerra. Essa declaração surge em um momento em que as forças russas ocupam cerca de 20% do território ucraniano, evidenciando a complexidade das negociações de paz em andamento.