Política

Ucranianos enfrentam dilemas entre alistamento militar e busca por segurança na guerra

Homens em idade de alistamento na Ucrânia evitam recrutamento, enquanto cresce o desejo por uma trégua na guerra com a Rússia.

A família Vasilev joga em um búnker na região de Kiev, no dia 18 de maio. (Foto: Luis De Vega Hernández)

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A guerra na Ucrânia, que começou com a invasão russa em 2022, continua a causar uma grave crise humanitária. Milhões de ucranianos fugiram do país e a mobilização militar se intensificou. Recentemente, muitos homens em idade de alistamento estão evitando o recrutamento, seja fugindo ou pagando subornos que podem chegar a R$ 25 mil.

Em um búnker abandonado da Segunda Guerra Mundial, a família Vasilev se distrai jogando com armas de brinquedo. O pai, Dmitro, de profissão carpinteiro, afirma que a situação financeira é crítica. Ele está isento do alistamento por ter três filhos, mas observa que poucos homens estão dispostos a se alistar. O Estado Maior ucraniano reconhece que o principal problema das Forças Armadas não é a falta de armamento, mas sim a escassez de tropas.

Muitos homens se escondem em casa para evitar as patrulhas de recrutamento. Outros, como o cabeleireiro Víktor, de 25 anos, mudaram de emprego para não serem convocados. A pressão da guerra e a incerteza sobre o futuro levam muitos a deixar o país ilegalmente, já que homens em idade militar não podem sair durante a lei marcial. Dmitro lamenta a saída da classe média, enquanto sua filha, Sofía, de 17 anos, observa que suas amigas estão se estabelecendo na Europa e não devem voltar.

Desejo de Trégua

Uma pesquisa recente indica que 74% da população ucraniana apoia uma trégua temporária. No entanto, a maioria ainda acredita que a guerra deve continuar, pois muitos temem que o presidente russo, Vladimir Putin, não desistirá até destruir a Ucrânia. Dmitro acredita que a guerra só terminará com a derrota de um dos lados.

Mikola Siruk, de 70 anos, expressa ceticismo sobre a possibilidade de um cessar-fogo, afirmando que a população está exausta e pode aceitar ceder territórios a Moscou, desde que não reconheçam a soberania russa. Ludmila Molochdna, que vive em Sumi, também defende a continuidade da luta, afirmando que "não podemos fazer outra coisa porque Putin continuará atacando".

Valentina Ruchka, que aguarda a volta de prisioneiros de guerra, deseja a paz, mas não à custa da perda de territórios. Ela questiona o sacrifício de tantas vidas se não houver recuperação das áreas ocupadas. A situação na Ucrânia permanece tensa, com a população dividida entre o desejo de paz e a necessidade de resistir à invasão russa.

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