Política

Índia avança na luta contra os maoístas após décadas de conflitos e violência

Morte de líder maoísta em Chhattisgarh pode acelerar o fim do Naxalismo na Índia, com governo prevendo erradicação até 2026.

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A morte do líder maoísta Nambala Keshava Rao, conhecido como Basavaraju, e de 26 outros insurgentes em uma operação de segurança em Chhattisgarh, representa um golpe significativo para o movimento Naxalita na Índia. O ministro do Interior, Amit Shah, classificou a ação como "a mais decisiva" contra a insurgência em três décadas. A operação também resultou na morte de um policial.

Basavaraju, considerado o mais procurado do país, foi um dos principais responsáveis pela resistência maoísta, que se fortaleceu desde os anos 1980 em Bastar, uma região de florestas densas. O movimento, que luta pelos direitos de tribos indígenas e pobres rurais, se expandiu ao longo dos anos, criando um "corredor vermelho" que abrange partes centrais e orientais da Índia.

Desde 2000, a insurgência já causou quase 12 mil mortes, conforme dados do South Asian Terrorism Portal. O governo indiano, sob a liderança do primeiro-ministro Narendra Modi, se comprometeu a erradicar o maoísmo até março de 2026. A queda de Basavaraju pode ser um sinal de que a insurgência está em um ponto de virada, embora especialistas alertem que a luta pode não ter terminado.

O relatório mais recente do ministério do Interior indica uma queda de 48% nos incidentes de violência relacionados ao maoísmo entre 2013 e 2023. Chhattisgarh continua sendo o estado mais afetado, com 63% dos incidentes e 66% das mortes relacionadas ao extremismo de esquerda. A eficácia das operações de segurança, aliada ao aumento da conectividade e ao acesso à informação, tem contribuído para a diminuição do apoio popular ao movimento.

A resistência maoísta ainda encontra respaldo em algumas áreas isoladas, principalmente nas regiões tribais de Maharashtra, Chhattisgarh, Odisha e Jharkhand. No entanto, a falta de uma base militar forte e a crescente pressão das forças de segurança têm enfraquecido a infraestrutura do movimento. Especialistas sugerem que um diálogo com o governo poderia ser uma alternativa viável para os remanescentes do movimento, que ainda preservam alguma legitimidade social em certos estados.

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