Putin intensifica ofensiva na Ucrânia enquanto Trump alerta sobre riscos envolvidos

As forças russas avançaram na região de Sumi, na Ucrânia, nesta terça-feira (27), aumentando a pressão sobre Kiev em meio a negociações de paz instáveis. O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a ocupação de várias vilas, incluindo Belovodi, e observadores independentes confirmaram que os russos tomaram cerca de 100 km² em uma semana, o maior avanço desde dezembro.

O governo local de Sumi acredita que a estratégia russa não visa uma conquista total, mas sim a criação de uma área tampão entre a região e Kursk, na Rússia. A movimentação das tropas russas, que inclui cerca de 50 mil soldados, sugere uma possível ofensiva maior, que pode ser uma tentativa de desviar a atenção de outras frentes de combate.

Tensão Internacional

A Alemanha está se preparando para fornecer mísseis de cruzeiro Taurus à Ucrânia, o que pode intensificar ainda mais as hostilidades. Esses mísseis têm um alcance que varia de 150 km a 560 km, permitindo ataques a cidades próximas à fronteira, como Belgorodo e Kursk. O chanceler alemão, Friedrich Merz, se reunirá com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Berlim, onde a entrega dos mísseis deve ser anunciada.

O Kremlin criticou a decisão da Alemanha, alegando que isso compromete o processo de paz. Além disso, a Rússia realizou ataques aéreos em resposta a uma onda de lançamentos de drones ucranianos, intensificando a retórica entre os países envolvidos.

Exercícios Militares e Aumento da Tensão

No mar Báltico, a Rússia iniciou exercícios militares com 20 navios e 3.000 militares, elevando a tensão na região. A Otan, por sua vez, mantém uma força-tarefa ativa para evitar sabotagens e garantir a segurança marítima. A situação permanece volátil, com a possibilidade de novos confrontos à medida que as manobras militares se intensificam.