05 de jun 2025
Nato propõe aumento de gastos militares para 5% do PIB em cúpula na Haia
OTAN define metas de gastos em defesa, com proposta de 5% do PIB, em resposta a pressões dos EUA e preocupações com a Rússia.
Mark Rutte quer evitar críticas dos EUA aos aliados europeus por não gastarem o suficiente em defesa. (Foto: Getty Images)
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Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram em Bruxelas em um novo conjunto de metas de gastos militares, elevando o compromisso de investimento em defesa para 3,5% do PIB e 1,5% em despesas relacionadas. Essa decisão ocorre em meio a pressões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia solicitado um aumento para 5% do PIB.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, destacou que o acordo representa um passo histórico para a aliança, que busca reforçar suas capacidades militares em resposta a ameaças globais, especialmente da Rússia. As novas metas incluem a aquisição de sistemas de defesa aérea, mísseis de longo alcance e drones, além de um plano para aumentar em cinco vezes a capacidade de defesa aérea terrestre.
Durante a reunião, Rutte enfatizou que o compromisso deve ser cumprido ao longo de um período de cinco a dez anos, embora não haja sanções claras para os países que não atingirem as metas. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, expressou otimismo sobre o consenso entre os aliados, afirmando que muitos países já se comprometeram com o aumento de gastos.
A divisão entre os membros da OTAN também ficou evidente, com alguns países, como a Espanha, defendendo que o foco deve ser no cumprimento de objetivos de capacidade, em vez de porcentagens fixas. Outros, como Polônia e Lituânia, já estão se preparando para superar a meta de 5% em breve.
A pressão dos EUA para que os aliados aumentem seus investimentos em defesa é vista como uma forma de garantir o comprometimento contínuo dos Estados Unidos com a segurança do continente europeu. Rutte visitará o Reino Unido na próxima semana para discutir o assunto com o primeiro-ministro, Sir Keir Starmer.
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