09 de jun 2025

Afegãos enfrentam incertezas e medo após proibição de entrada nos EUA
Afegãos que ajudaram os EUA enfrentam nova proibição de entrada nos EUA, aumentando o desespero e a incerteza em meio à repressão talibã.
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Desde a retirada das tropas dos Estados Unidos em 2021, muitos afegãos, especialmente aqueles que colaboraram com os EUA, enfrentam perseguições sob o regime do Talibã. Recentemente, o presidente Donald Trump emitiu uma ordem que proíbe a entrada de cidadãos afegãos nos EUA, aumentando a incerteza e o desespero entre aqueles que buscam refúgio.
Ahmad, um ex-funcionário militar afegão, vive escondido e teme ser encontrado pelo Talibã. Sem emprego ou acesso a cuidados médicos, ele depende de doações de amigos no exterior. Seu filho, de 12 anos, não pode frequentar a escola. Ahmad esperava por um processo de reassentamento nos EUA, mas a nova ordem de Trump, que entrou em vigor na segunda-feira, bloqueia a entrada de portadores de passaporte afegão, citando ameaças à segurança nacional.
A ordem de Trump inclui o Afeganistão devido à classificação do Talibã como grupo terrorista e à falta de uma autoridade central competente para emitir documentos civis. Embora haja exceções para alguns afegãos que trabalharam diretamente com as forças dos EUA, Ahmad não se qualifica para o visto de imigrante especial (SIV) porque não trabalhou diretamente para os americanos.
A situação é crítica. Estima-se que cerca de 200 mil afegãos já foram reassentados desde a retirada, mas dezenas de milhares ainda aguardam uma decisão. Muitos fugiram para o Paquistão, onde enfrentam a expulsão. Samira, que está no Paquistão, afirmou que voltar ao Afeganistão não é uma opção viável, pois seus filhos já perderam anos de educação.
A nova proibição também afeta afegãos que não buscam reassentamento. Zarifa Ghafari, estudante na Universidade de Cornell, expressou preocupação ao tentar retornar aos EUA antes do início da proibição. A pressão sobre os afegãos que buscam segurança e reunificação familiar é intensa, com muitos sentindo que foram traídos pelas promessas feitas pelos EUA.
Organizações de apoio, como a AfghanEvac, criticaram a política de Trump, afirmando que ela penaliza aqueles que arriscaram suas vidas para apoiar a democracia. A situação continua a se deteriorar, com muitos afegãos ainda enfrentando a repressão do Talibã e a incerteza sobre seu futuro.
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