08 de jun 2025

Conflito entre grupos rebeldes na Colômbia gera onda de violência e deslocamento em massa
A violência do ELN na Colômbia já deslocou mais de 54 mil pessoas e ameaça a paz em meio a tensões com a Venezuela.
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A Colômbia enfrenta uma nova onda de violência, com o grupo rebelde Exército de Libertação Nacional (ELN) intensificando ataques no nordeste do país. Em poucos dias, mais de 54 mil pessoas foram deslocadas e cerca de 80 mortes foram registradas. O conflito, que se agrava, é alimentado por disputas territoriais e a deterioração das relações entre os governos da Colômbia e da Venezuela.
O ELN, que se fortaleceu nos últimos anos, utiliza a Venezuela como refúgio, ampliando suas operações e enriquecendo com o tráfico de drogas. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que o ELN se tornou uma “força estrangeira” que ameaça a soberania nacional. A deterioração da democracia na Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, contribui para a instabilidade na região.
A relação entre Petro e Maduro, antes amigável, se deteriorou após a reeleição de Maduro em uma votação contestada. Petro criticou publicamente o presidente venezuelano, exigindo transparência nas eleições e a libertação de presos políticos. Em resposta, Maduro adotou uma postura agressiva, aumentando as tensões entre os dois países.
Os recentes ataques do ELN começaram após o assassinato de uma família na região de Catatumbo. O grupo rebelde buscava expulsar a 33ª Frente, uma facção rival. A violência resultou em um colapso nas tentativas de Petro de estabelecer um acordo de paz, sua principal promessa de campanha. A situação humanitária se agrava, com civis buscando abrigo em escolas e centros de acolhimento.
A crise se intensifica com o fluxo de refugiados, que agora se inverte. Cerca de três mil pessoas cruzaram a fronteira para a Venezuela em busca de segurança. A situação é crítica, e a população civil se vê presa entre os conflitos armados, sem entender as razões por trás da violência.
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