Mudanças na Síria e no Hezbollah melhoram segurança no norte de Israel

A situação de segurança no norte de Israel mudou drasticamente desde o final de 2022. A região, antes marcada por ataques do Hezbollah e pela presença do regime de Bashar Assad na Síria, agora vive um período de tranquilidade. Essa transformação se deve a uma ofensiva israelense contra o Hezbollah e à queda do regime sírio.

Desde a ofensiva israelense, que resultou na morte de líderes do Hezbollah e na destruição de sua infraestrutura, a violência na fronteira diminuiu. Moradores do norte de Israel relatam um silêncio incomum, sem os foguetes da milícia libanesa. A mudança no cenário de segurança é considerada uma oportunidade histórica, segundo Boaz Shapira, analista do Alma Center, um think tank israelense.

A queda de Assad em dezembro de 2022, após uma ofensiva do grupo Hayat Tahrir al-Sham, também enfraqueceu a presença do Irã na região. Essa mudança prejudicou o fluxo de armas entre a Síria e o Líbano. O novo governo libanês, formado em fevereiro de 2023, busca reformas econômicas e promete manter a estabilidade na fronteira com Israel.

O Exército do Líbano está desmantelando a infraestrutura do Hezbollah, com cerca de 80% já destruída. Essa ação surpreendeu Israel e os Estados Unidos, que apoiam o novo governo. Apesar disso, o desarmamento total do Hezbollah ainda é considerado prematuro.

Na Síria, o novo líder Ahmed Shaara, apoiado pela Turquia, se distanciou do Hezbollah e do Irã. Shaara se comprometeu a expulsar tropas iranianas da Síria em troca da retirada de sanções econômicas pelos EUA. Israel, no entanto, mantém cautela em relação às intenções de Shaara, devido a seu passado jihadista.

A relação entre Israel e a comunidade drusa na Síria também se fortaleceu. Recentemente, clérigos drusos sírios visitaram Israel pela primeira vez desde 1948. Essa visita simboliza um novo momento de cooperação e diálogo entre as comunidades, apesar das tensões regionais.