Irã denuncia sabotagem de Netanyahu nas negociações nucleares com os EUA

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de realizar ataques ao Irã com o intuito de sabotar as negociações nucleares entre Teerã e Washington. As conversas, que começaram em abril, foram interrompidas após bombardeios israelenses. Araghchi afirmou que o ataque resultou na morte de civis, incluindo mulheres e crianças, e que o objetivo era frustrar um acordo que estava próximo de ser alcançado.

O chanceler iraniano decidiu cancelar as discussões com os EUA, alegando que não fazia sentido dialogar com um país que apoia Israel. Ele destacou que um telefonema de Washington poderia silenciar Netanyahu e abrir caminho para a diplomacia. Desde a retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015, o Irã tem acumulado material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares, embora afirme que seu programa é para fins energéticos.

Alertas e Retaliações

Nesta segunda-feira, 16, o Irã emitiu um alerta para que os moradores de Tel Aviv deixassem a cidade rapidamente, conforme reportado pela mídia estatal. A declaração ocorreu após Israel anunciar que havia obtido controle total do espaço aéreo de Teerã, ordenando que os habitantes da capital iraniana evacuassem suas casas. A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã justificou a evacuação como uma medida de segurança para os israelenses.

Netanyahu, por sua vez, declarou que jatos da Força Aérea israelense sobrevoariam Teerã em breve, com a intenção de atacar qualquer alvo do regime iraniano. O primeiro-ministro também mencionou um recente ataque que considerou um "golpe real" ao programa nuclear do Irã. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que Teerã "vai arder" se houver mais ataques contra Israel, responsabilizando o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, pelo futuro da capital iraniana.