16 de jun 2025




Israel causa danos significativos ao programa nuclear do Irã com ataques aéreos
Israel intensifica ataques ao programa nuclear do Irã, mas AIEA confirma que usina de Natanz permanece operacional.
Imagem de satélite mostra rastros de veículos e pilhas de terra sobre edifícios subterrâneos de Natanz, em Teerã (Foto: Handout / © 2025 PLANET LABS PBC / AFP)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a parte subterrânea da usina nuclear de Natanz, no Irã, não foi danificada pelos recentes bombardeios israelenses. O ataque, realizado na última sexta-feira, visava interromper o programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça por Israel e potências ocidentais.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, informou que, apesar dos danos significativos à infraestrutura superficial, a principal planta de enriquecimento de urânio subterrânea permaneceu intacta. "Não houve novos danos desde os bombardeios", afirmou Grossi durante uma reunião em Viena. A usina de Natanz, revelada em 2002, abriga quase 70 cascatas de centrífugas essenciais para o enriquecimento de urânio.
Imagens de satélite confirmaram que os ataques causaram danos à superfície, mas não afetaram a estrutura subterrânea. A AIEA também não detectou aumento nos níveis de radiação nas áreas afetadas, minimizando o risco de contaminação externa. No entanto, especialistas alertam que a queda de energia nas instalações pode prejudicar as centrífugas, tornando a usina inoperante temporariamente.
Tensão Regional
A operação militar de Israel intensifica as hostilidades entre os dois países, que já trocam ameaças há anos. O Irã nega que seu programa nuclear tenha fins bélicos, afirmando que é voltado para a geração de energia. Contudo, o enriquecimento de urânio a 60% levanta preocupações sobre possíveis intenções de desenvolvimento de armas nucleares.
Desde a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear em 2018, o Irã tem se afastado dos limites estabelecidos anteriormente. Atualmente, o país possui material suficiente para potencialmente produzir até 10 bombas nucleares, segundo a AIEA. A situação permanece tensa, com Israel considerando o Irã uma ameaça existencial e aumentando suas ações militares na região.
A AIEA, que criticou a falta de cooperação do Irã, reafirmou que não há indícios confiáveis de um programa nuclear não declarado em andamento. Especialistas ressaltam que, embora os ataques possam causar danos temporários, é improvável que consigam destruir completamente o programa nuclear iraniano.
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