Maior cidade do interior do Rio se destaca como estratégia política para 2026

Campos dos Goytacazes se tornou o epicentro da política fluminense com a visita de Rodrigo Bacellar (União Brasil) como governador interino. Na segunda-feira, 16, ele inaugurou obras e lançou uma nova policlínica, marcando sua primeira agenda oficial na cidade natal.

A rivalidade histórica entre as famílias Garotinho e Bacellar se intensifica com a aproximação das eleições. O prefeito Wladimir Garotinho (PP) tem intensificado os ataques a Bacellar, que deixou a presidência da Alerj para assumir o governo interino. Wladimir, cotado como vice na chapa de Eduardo Paes (PSD), critica Bacellar, acusando-o de prejudicar a saúde de Campos.

Durante sua visita, Bacellar inaugurou um destacamento do Corpo de Bombeiros e lançou a pedra fundamental da policlínica da PM. Ele se comprometeu a atender demandas da população, afirmando que o foco deve ser o trabalho e não as eleições. “Ninguém agora quer saber de eleição. Isso é lá na frente”, declarou.

Wladimir, por sua vez, não poupou críticas. Em um vídeo, afirmou que os recursos para a saúde da cidade diminuíram desde que Bacellar assumiu a Alerj. O prefeito desafiou Bacellar, dizendo que não teme os ataques. Bacellar respondeu que está aberto ao diálogo e que o governo estadual já repassou R$ 450 milhões para a saúde de Campos.

Nos bastidores, a disputa política se intensifica. Paes busca atrair Wladimir, que pode deixar o PP. A possibilidade de Wladimir como vice na chapa de Paes é vista com ceticismo, devido à relação conturbada entre Paes e o ex-governador Anthony Garotinho. A política em Campos continua a ser um campo de batalha estratégico para as próximas eleições.